O Cardeal Seán O'Malley tem sido comentado como um candidato "outsider" no Conclave, ou seja, um cardeal que poderia receber os votos dos Cardeais eleitores caso houvesse um impasse entre dois ou três candidatos fortes. Com este impasse, não se atingiria o total de 2/3 dos votos do Cardeais, necessitando, portanto, de um outro candidato além daqueles que polarizassem esta eventual eleição.
Nunca na história houve um capuchinho como Sumo Pontífice e, desde o século XIX, nenhum que fosse de Congregação Religiosa.
Neste post coloquei a biografia do Cardeal, alguns comentários de especialistas na sucessão e um vídeo com uma mensagem do Cardeal por ocasião da Páscoa de 2012. Surpresa! O Cardeal fala em português (meio arrastado, mas português!). O Cardeal tem PhD em literatura portuguesa.
O que se aponta como favorável ao Cardeal:
- Enfrentou com coragem a questão da pedofilia em sua Arquidiocese. Não se deixou intimidar pela questão financeira e pelos embates.
- Saneou as finanças depauperadas de sua Arquidiocese;
- Tem uma grande aproximação com o povo e suas devoções;
- É um ardoroso defensor da vida em todas as suas fases;
- Está envolvido com os avanços da tecnologia (olha aqui o perfil do Twitter dele: @CardinalSean)
- Conhece a realidade da Igreja nas Américas (já trabalhou no Chile e Caribe tbém)
O texto abaixo foi retirado do site do Vaticano e está mantido na língua italiana por absoluta falta de tempo em traduzir!
Frequentate le elementari nelle scuole cattoliche «Saint Gabriel» a Pittsburgh e «Sacred Heart» a Reading (Pennsylvania), è entrato fra i Cappuccini negli anni della scuola secondaria. Il 14 luglio 1965 ha emesso la prima professione dei voti semplici, ed il 14 luglio 1968 la professione dei voti solenni. Dopo gli studi filosofici e teologici nelle scuole interne dell'Ordine («Saint Fidelis College» a Herman, Pennsylvania, e «Capuchin College» a Washington, D.C.), è stato ordinato sacerdote il 29 agosto 1970.
Ha studiato quindi all'Università Cattolica d'America a Washington, dove ha conseguito il «Master of Arts» in Scienze Religiose e, nel 1972, la laurea in Letteratura Spagnola e Portoghese.
Dal 1971 al 1973 è stato Vicario e Primo Consigliere per la formazione nel Collegio dei Cappuccini a Washington. Nel 1973 gli è stato assegnato dall'Arcidiocesi di Washington l'incarico di Direttore dell'Apostolato degli ispanici, a cui nel 1974 si è aggiunta la carica di Direttore del Centro Cattolico Spagnolo e nel 1978 quelle di Assistente Arcidiocesano del Terz'Ordine di San Francesco e di Direttore per i «Social Services for Spanish Speaking Ministries».
Nel 1978 è stato nominato Direttore del programma della Conferenza dei Vescovi dello Stato del Maryland. A ciò si aggiunsero le nomine a Direttore dell'Ufficio di Sviluppo Sociale per l'Arcidiocesi di Washington e a Vicario Episcopale per i cattolici di lingua spagnola.
Nominato da Giovanni Paolo II Vescovo Coadiutore della Diocesi di Saint Thomas nelle Isole Vergini il 2 giugno 1984, ha ricevuto l'ordinazione episcopale il 2 agosto successivo ed è divenuto Ordinario della Diocesi il 16 ottobre 1985, succedendo per coadiutura.
Il 16 giugno 1992 è stato trasferito alla sede residenziale di Fall River (Massachusetts).
Nel novembre 1998 ha partecipato all'Assemblea Speciale per l'Oceania del Sinodo dei Vescovi.
In data 3 settembre 2002, è stato trasferito alla sede di Palm Beach (Florida).
Il 1° luglio 2003 Giovanni Paolo II lo ha promosso Arcivescovo Metropolita di Boston (U.S.A.).
Oltre l'inglese, parla correntemente lo spagnolo ed il portoghese, e conosce bene anche il tedesco, l'italiano ed il francese. Come motto episcopale ha scelto la frase del Vangelo di san Giovanni (2, 5): «Fate ciò che Egli vi dirà», riferito all'episodio delle Nozze di Cana.
Da Benedetto XVI creato e pubblicato Cardinale nel Concistoro del 24 marzo 2006, del Titolo di Santa Maria della Vittoria.
È Membro:
delle Congregazioni: per il Clero; per gli Istituti di vita consacrata e le Società di vita apostolica:
del Pontificio Consiglio per la Famiglia.
Abaixo alguns comentários de especialistas no Vaticano a respeito de seu nome como possível eleito:
Um dos escritores mais citados do Vaticano, Marco Politi deu uma entrevista no dia 14 de fevereiro para o Suddeutsche Zeitung, o principal diário em Munique, na qual lhe foi pedido que falasse sobre os favoritos do conclave. Ele respondeu: "não há nenhum favorito. Não é como a de 2005, quando houve um claro candidato em Ratzinger e um forte contraste em Martini. A situação é muito fragmentada e existem muitos papáveis. Temos o Cardeal Scola, de Milão e o Cardeal Ouellet, que dirige a Congregação para os Bispos. Há ainda candidatos da América do Sul, bem como estrangeiros como o Cardeal O'Malley, de Boston, e o Cardeal Erdo, de Budapeste. Ainda não existe qualquer agregação de votos”.
AGI
O Agencia Jornalística Italiana, ou AGI, publicou um artigo há três dias sobre os "campeões" da Igreja na luta contra o abuso clerical, enaltecendo O'Malley por "restabelecer a credibilidade da Igreja após a ‘fuga’ para Roma de seu antecessor, Bernard Law, perseguido pelo judiciário em causas de busca de compensação (para compensar as vítimas, o' Malley vendeu a residência do Arcebispo e mudou-se para viver em uma pequena sala no seminário)."
Arena
Publicado em Verona, a Arena fez um resumo dos prováveis candidatos para o papado fora da Itália. "Nos Estados Unidos, os candidatos mais prováveis são Timothy Dolan, o exuberante Arcebispo de Nova York e Sean O'Malley, o Arcebispo de Boston".
IL Giornale
Um dia após o anúncio de surpresa de Bento XVI, Il Giornale também publicou um resumo dos possíveis Papas: "Há diversos nomes de não-europeu. Dentre eles, o nome do Arcebispo de Boston, o Capuchinho Sean O'Malley, é proeminente, porque resolveu uma situação considerada bastante dramática, não só pelos abusos sexuais cometidos por sacerdotes, mas também pelos encobrimentos por seu antecessor, Bernard Law. Nas últimas semanas, Bento XVI, entre outras coisas, chamou para Roma como Promotor de Justiça na Congregação para a Doutrina da Fé, com responsabilidade por esses casos, o padre Robert Oliver, e O’ Malley como seu “braço direito”.
La Stampa
O observador do Vaticano, Giacomo Galeazzi, escreveu ontem que o candidato "indicado pelos Bispos americanos parece ser o corajoso frade capuchinho, O' Malley, o único Cardeal, juntamente com o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, a defender publicamente as vítimas de pedofilia (como o Papa Bento XVI, que deu prioridade aos esforços para trazer justiça para os feridos na alma e no corpo e para aliviar seu sofrimento, tanto quanto possível) quando o decano do Colégio dos Cardeais, Angelo Sodano, definido o escândalo como "fofocas mesquinhas" em uma constrangedora saudação ao Papa em 2010. "
Paolo Rodari
O aclamado escritor sobre o Vaticano, Paolo Rodari, fez um longo comentário sobre O'Malley em seu blog, no último sábado. "Há muitos que se perguntam se o próximo Papa será um Capuchinho," Rodari escreveu. "No papel, os Capuchinhos têm a superioridade numérica para levar o papado ao momento da virada. Eles estão perto do povo, eles não têm uma mentalidade 'clerical', eles enfatizam a colaboração com os leigos e têm um modelo bem simples da vida. Essas são três características necessárias para uma Igreja que pagou um preço alto por seus escândalos. … O’ Malley é um prelado humilde, o que não é nada mau para uma Cúria Romana que está sofrendo dificuldades financeiras. Não é por acaso que ele é um príncipe da Igreja que prefere seu hábito de Capuchinho marrom simples a alfaiataria esplendorosa que seu posto lhe concede. Ele é um cardeal que gosta de dialogar com seus fiéis através do Twitter e usa seu blog pessoal como um importante instrumento não só de comunicação mas de encontro com todos – sejam eles fiéis ou descrentes”.
Olha o Cardeal americano que fala português!!!
FONTES: Vaticano / IHU
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