"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Jogar lixo no chão é pecado, diz CNBB, ao lançar Campanha da Fraternidade 2011


BRASÍLIA - O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, disse nesta quarta-feira aolançar a Campanha da Fraternidade 2011, cujo tema é “Fraternidade e a Vida no Planeta”, que jogar lixo no chão é pecado. Segundo ele, não está escrito na Bíblia, mas um dos dez mandamentos diz: “amar ao próximo como a si mesmo”, e a partir dele seria possível tirar a conclusão de que poluir o meio ambiente também é uma infração aos mandamentos de Deus.
Amar ao próximo como a si mesmo. A partir deste mandamento você pode tirar conclusões
- Está lá: amar ao próximo como a si mesmo. A partir deste mandamento você pode tirar conclusões. Jogar lixo na rua pode ser considerado um pecado – disse dom Dimas.
A Campanha da Fraternidade deste ano foi escolhida, como sempre, a partir de diversas sugestões da população em todo Brasil. A Igreja se diz preocupada com a degradação ambiental e as mudanças climáticas.
No lançamento da campanha, dom Dimas aproveitou para criticar as mudanças no Código Florestal proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto que deve ser votado ainda neste semestre na Câmara dos Deputados. Dom Dimas se reuniu com técnicos do Ministério do Meio Ambiente e com a presidente da República, Dilma Rousseff, para apresentar a posição da CNBB sobre o tema.
- Estamos preocupados com o Código Florestal. Sobre o texto do deputado Aldo Rebelo movimentos (ambientalistas) têm nos alertado para que não sejamos tão apressados com a aprovação do texto, para que haja maior discussão. As diferenças dos biomas devem ser aprofundadas.
A Igreja apontou como problemática a anistia a desmatadores prevista no texto do deputado, a possibilidade de diminuição das áreas de proteção dos rios, e o fim da reserva legal para pequenos produtores.
Outro tema polêmico abordado pela CNBB foi a construção da usina de Belo Monte, no Pará. Dom Dimas observou que a cidade de Altamira, que será sede do empreendimento, não está preparada para receber o volume de pessoas que irão trabalhar no local. A conferência prega que o Brasil invista mais em fontes alternativas de energia e acredita que o pré-sal poderá criar problemas para o país.
- Tive uma sensação muito ruim (com relação ao pré-sal). Antevi um futuro muito ruim para o Brasil. Uma riqueza deste porte não nos deixa imunes à avidez de outros povos.
CNBB diz que união estável não é família
Dom Dimas disse também que é preciso diferenciar uma união estável da constituição de uma família. Dom Dimas disse que tal relação, bem como as uniões homoafetivas, não podem ser consideradas como família.
- Queremos o equilíbrio, de modo que as pessoas sejam respeitadas, que a violência seja banida, a discriminação seja banida, mas por outro lado nós queremos ver respeitado o direito que a Igreja tem de defesa da vida e da família. Uma coisa é você falar de uma união estável, outra coisa é você equiparar essa união estável ou união homoafetiva com família - afirmou.
Ainda assim, o bispo pregou o respeito aos homossexuais, classificando-os de "irmãos e irmãs":
- Nós vamos continuar dando nossa colaboração, mantendo firme que nossa questão não são as pessoas homossexuais. Elas têm direitos e deveres como qualquer cidadão, estão sujeitas às leis, e são nossos irmãos e irmãs que merecem todo o nosso carinho e respeito.
Dom Dimas criticou o texto original do projeto de lei que criminaliza a homofobia, afirmando que era um "exagero" porque transformava gays e lésbicas em uma "superclasse" imune a críticas e manifestações contrárias.
- O que nos preocupa às vezes são certos exageros, certas distorções em propostas legislativas, como por exemplo a chamada lei da homofobia, como era na sua proposta original, que praticamente criminalizava de uma maneira duríssima qualquer pessoa que se expressasse diante de situações que fossem incompatíveis seja com sua crença, seja com sua própria opção de vida e de família. Chegou-se a dizer que determinada proposição dessa lei praticamente criava uma superclasse de pessoas pelo simples fato de serem homosexuais - afirmou.
(Globo.com)

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