"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

terça-feira, 22 de março de 2011

23/03 - Santos e Bem-aventurados

São Ludgro, primeiro bispo de Münster, Alemanha (na Frísia, 745 – Billerbeck, Vestfália, 809). Discípulo de são Gregório de Utrecht e de Alcuino de York, dedicou-se à evangelização da Frísia. Obrigado a fugir por causa de uma revolta dos Saxões (784) refugiou-se antes em Roma, e depois em Montecassino. De volta à sua pátria, obteve o bispado de Münster.
 Santa Rafka (Rebeca)
No dia 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.
Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa. Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na, na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimonio. Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.
A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviciado pronunciando os votos e se formando professora. Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.
Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.
Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.
Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.
Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas. Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.
O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo.
 São Turíbio de Mongrovejo
Até os quarenta e dois anos, a carreira de Turíbio (1538-1606) poderia dizer-se que era normal, sob todos os aspectos. Com um tio cônego (tonsurado para poder gozar uma pensão eclesiástica, mas sem receber ordens, como então era corrente), que o protegia, estudara em várias universidades e preparava, em Oviedo, o doutorado em direito. Também ele recebera a tonsura, sem passar, porém mais adiante no serviço da Igreja: estava assim já preparado para ingressar naquela incipiente burocracia de "letrados", a que dera origem a centralização do Estado moderno.
Seguindo o processo normal das coisas, recebeu uma nomeação para o Santo Ofício em Granada. Sua vida particular distinguia-se pela limpeza, mais não parece ter excedido nunca o simplesmente honesto. Nada poderia fazer suspeitar até então o santo e o grande fundador de igrejas.
Mas a indicação de seu nome, por Filipe II, para arcebispo de Lima, deu uma dimensão totalmente nova à sua vida; evoca, em certos aspectos, a transformação que a nomeação para arcebispo de Canturbery operou em Beckett.
Recebeu uma por uma todas as ordens, com a idade de quarenta e um anos, e a partir deste momento nasce um dos maiores apóstolos da história da Igreja. Calcula-se que percorreu a pé, ou a cavalo, mais de 40 mil quilômetros, visitando até os últimos lugarejos de sua diocese, uma das áreas geográficas mais difíceis do mundo, desde as montanhas com neve eterna dos Andes, até os desertos tórridos do Pacífico. Segundo seus próprios cálculos, teria administrado pessoalmente o sacramento da confirmação a noventa mil pessoas.
Como chefe da principal Igreja da América, dedicou-se, inflexivelmente, a aplicar a reforma de Trento. Isto levou-o a enfrentar repetidas vazes os vice-reis, com o Conselho das Índias e com o próprio rei, imbuídos de idéias regalistas. Não cedeu: os dez concílios diocesanos e os três provinciais que celebrou formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX.
Com razão foi chamado "apóstolo do Peru", e "outro Ambrósio".

São Bento, monge na região italiana da Campânia, mártir séc. VI
Santos Domécio, Pelágia, Áquila, Epárquio e Teodósia, mártires, séc. IV
São Fingar (ou Guigner), mártir na Cornualha (oeste da Inglaterra), + 460
São José Oriol Boguna, sacerdote, Barcelona, Espanha, 23 de novembro de 1650 – 23 de março de 1702
São Otão Frangipane, eremita, Roma, por volta de 1040 – Ariano (região italiana da Campânia, sul do País), por volta de 1127
Santos Vitoriano, Frumêncio e companheiros, mártires, + Cartago (norte da África, atual Tunísia), 484
São Walter (ou Gualtério) de São Martinho de Pontoise (França), abade, + 1095

Bem-aventurado Marcos de Montegalo, presbítero
Marcos nasceu em 1425 perto de Montegallo (Itália), para onde os seus pais tinham fugido para evitar as guerras civis que açoitavam a sua região de origem. Estudou em Perúgia e em Bolonha e doutorou-se em Medicina e Leis. Depois de exercer medicina, tornou-se membro da Ordem Franciscana em Fabriano.
Foi superior no convento de S. Severino, mas cedo começou a sua missão de pregador, guiado por S. Jaime de la Marca. Preocupou-se sobretudo com as guerras civis e com os abusos dos usurários. Para combater a usura criou Montes-Pios em várias cidades.
Morreu no dia 19 de março de 1496 em Vicenza. Ao lado de S. Bernardino de Sena é considerado um dos grandes pregadores do Evangelho e da penitência.

Bem-aventurada Anunciação Cocchetti, virgem, Rovanto (Bréscia, norte da Itália), 09 de maio de 1800 – Cemmo (norte da Itália), 23 de março de 1882
Bem-aventurado Edmund Sykes, mártir, + York Tyburn (Inglaterra), 23 de março de 1586-7
Bem-aventurado Metódio Domingos Trcka, sacerdote, mártir, Morávia (atual República Checa), 06 de julho de 1886 - Leopoldov, Eslováquia, 23 de março de 1959
Bem-aventurado Pedro de Gubbio (centro da Itália), agostiniano, + 23 de março de 1306
Bem-aventurado Pedro Higgins, religioso dominicano, mártir, Irlanda, 1600 – Naas (Dublin, Irlanda), 23 de março de 1642.
(Verbonet)

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