"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Celibato: Card. Kasper pediu estudo sem intenção de «abolir» prática da Igreja

Lisboa, 07 fev (SIR/Ecclesia) – O cardeal alemão Walter Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, considera que os “tempos mudaram” desde que pediu um estudo sobre a necessidade do celibato obrigatório para os padres, em 1970. Walter Kasper subscreveu, tal como o atual Papa, Joseph Ratzinger, um memorando aos bispos alemães por um grupo de nove teólogos, entre eles Karl Rahner, Otto Semmelroth e Karl Lehmann, pedindo um estudo sobre a necessidade do celibato obrigatório para os padres. Em declarações à ECCLESIA, o antigo membro da Cúria Romana esclarece que a intenção era “discutir” a questão, mas sem qualquer proposta de “abolir” a prática da Igreja. “Entretanto, discutiu-se muito, houve três sínodos mundiais que falaram do celibato e decidiu-se manter esta disciplina, eu próprio acredito que o celibato é um bem da Igreja”, assinala o cardeal Walter Kasper. Na última semana, mais de 140 teólogos católicos de universidades alemãs, suíças e austríacas subscreveram uma petição - «Igreja 2011: uma renovação indispensável» - a pedir uma reforma de fundo da Igreja, abordando, entre outros, o fim do celibato obrigatório para os padres. O documento foi divulgado a 4 de Fevereiro, sexta-feira, na edição do jornal alemão «Süddeutsche Zeitung». O cardeal Kasper admite que a discussão “nunca está encerrada”, mas sublinha que a decisão da Igreja sobre esta matéria “está tomada” e que o atual Papa não pensa “mudar esta disciplina” do celibato obrigatório. Walter Kasper esteve em Lisboa, na última semana, para receber o doutoramento «honoris causa» outorgado pela Universidade Católica Portuguesa, mostrando-se “honrado” com a distinção. D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa e magno chanceler da UCP, refere à ECCLESIA que o cardeal alemão tem sublinhado “o estudo da religião, da teologia como cultura, como um esforço contínuo de pensar o homem e a realidade em chave cristã”. O cardeal Kasper foi nomeado em 2001 pelo Papa João Paulo II para presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cargo que exerceu até Julho de 2010.

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