Com clareza, concisão e serenidade, Luís González-Carvajal Santabárbara – autor da obra «Os cristãos num Estado Laico» - aponta critérios e orientações, a indicar atitudes e comportamentos, para nos situar como cristãos num Estado que irremediável é e será laico.
Com a chancela da «Gráfica de Coimbra», o ex-secretário-geral da Caritas Espanhola – citando Ramón Pérez de Ayala – afirma que “não somos os crentes que, hoje em dia, nos comportamos como público nas touradas: assistimos ao que se passa; algumas aplaudimos, embora de um modo geral, critiquemos; e nunca mexemos um dedo para melhorar o que criticamos”.
Nascido em Madrid, o teólogo ao escrever este livro pretende “facilitar uma reflexão serena que permita ao leitor tomar uma posição responsável como crente perante a causa pública”. O primeiro passo necessário para tal, será clarificar os termos do problema: clericalismo, laicismo. Laicidade...
Professor efectivo da Faculdade de Teologia da Universidade de Comilhas e Director do Departamento de Teologia Moral, González-Carvajal realça que é possível equacionar o problema da dimensão ética da legislação estatal: nem o duro positivismo jurídico dos factos, nem a teoria clássica da lei natural são, hoje em dia, caminhos válidos. “Somente a humilde proposta de uma ética civil partilhada por todos, oferece uma saída adequada”.
Neste marco, o autor da obra frisa que o crente poderá superar “a tendência da privatização da fé e assumir uma presença pública, especialmente em cinco áreas: voluntariado, cultura, comunicação social, sindicalismo e política”. É intenso o debate teórico e prático entre Cristianismo de mediação ou fermento e Cristianismo de presença. Após uma “cuidadosa análise dos riscos e das vantagens de cada opção”, o estilo da mediação parece ser o mais adequado”.
Outro tema de actualidade é o do financiamento da Igreja num Estado Laico. O II concílio do Vaticano foi claro. “Só é lícito à Igreja possuir dinheiro para três coisas: em ordem ao culto divino, para garantir ao clero a sua honesta sustentação e para o exercício de obras de caridade e apostolado”.
(Agência Ecclesia)
Opa, opa, este livro foi lançado agora em Portugal! Não temos no Brasil, não! Ei, editoras católicas no Brasil - vamos lançar este livro aqui também?
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