ROMA, segunda-feira, 10 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – Uma análise preliminar do Centres for Disease Control and Prevention (CDC), publicada nos Estados Unidos em 21 de dezembro passado, informa que o número de nascimentos diminuiu no país no ano de 2009.
O informe revela que naquele ano nasceram 4.131.019 de crianças, o que significa uma queda de 3% cm relação ao ano anterior. O dado supõe a segunda queda na taxa de fecundidade geral, de 68,6 para 66,7 nascimentos a cada 1.000 mulheres no grupo de idade compreendido entre os 15 aos 44 anos. A queda, entretanto, afetou todos os grupos étnicos ou raciais, inclusive os cidadãos de origem hispânica. Neste último grupo, no qual se registra um quarto do total de nascimentos, a diminuição foi de 4%, ou seja, de 1.041.239 a 999.632 nascimentos.
Como referiu Rob Stein no jornal Washington Post (21 de dezembro de 2010), com uma taxa de fertilidade igual a 2,01 filhos por mulher em 2009, a fecundidade americana foi, pelo segundo ano consecutivo, inferior à chamada taxa de substituição (2,1 filhos por mulher). Pela primeira vez em 35 anos, somente em 2006 e 2007 os nascimentos superaram esta taxa nos EUA.
Entre as mulheres do grupo de idade dos 20 aos 24 anos, em 2009, a taxa de natalidade registrou um declive de 7%, passando de 103,0 nascimentos por cada mil mulheres para 96,3, o que significa a queda mais importante desde 1973. Menos importante foi a redução da taxa de natalidade entre as mulheres do grupo dos 25 aos 29 anos, de 115,1 em 2008 a 110,5 no ano passado.
Também entre as mulheres de trinta anos houve queda: de 99,3 nascimentos a cada mil mulheres em 2008 para 97,7 em 2009; a taxa nas mulheres entre 30 a 34 anos é de 46,9, e de 46,6 entre as mulheres de 35 a 39 anos.
A tendência é distinta entre as mulheres de 40 a 44 anos. A taxa de natalidade aumentou de 9,8 nascimentos cada mil a 10,1, ou seja, o nível mais alto desde 1967 (10,6).
Pela primeira vez desde 1996-1997, o número de nascimentos entre as mulheres não casadas caiu (de 1.726.566 a 1.693.850), ainda que a porcentagem de nascimentos entre as mulheres solteiras continue aumentando, de 40,6% a 41%. Mais de uma quinta parte (21%) das crianças nascidas fora do casamento em 2009 corresponde a mães adolescentes. Apesar de elevado, o dado confirma a tendência à diminuição nos últimos 10 anos (em 1975 era mais da metade, 52%).
O dado que suscitou o maior debate é a forte diminuição da taxa de nascimento entre as adolescentes: 6%, o nível mais baixo desde 1940.
O que pode ter provocado essa queda? De acordo com Sarah Brown, daCampaign to Prevent Teen and Unplanned Pregnancies (campanha de prevenção contra gravidez não planejada e adolescente), a explicação pode ser econômica: “muitas adolescentes vivem com adultos com problemas econômicos e têm visto amigos e vizinhos mais velhos perder o emprego e a casa”, afirma Brown, entrevistada pelo Washington Post.
(Zenit)
Vamos aguardar os resultados do Censo aqui no Brasil para sabermos os nossos números.
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