"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Québec - A Igreja e sua atração


Falar da Igreja Católica (ou das Igrejas cristãs ou da Religião) no Québec com apenas alguns poucos meses por aqui e, ainda desconhecedor de muitas realidades do passado e do presente, é pretensão. Mas quero arriscar algumas observações (sem imaginar que esteja com toda a razão) para desenvolver algumas reflexões (nesse e em outros posts).

 

As celebrações eucarísticas aqui, salvo um ou outro detalhe, são corretíssimas do ponto de vista do rito litúrgico e das orientações em geral. Padres de casula; responsabilidade do padres, é o padre quem faz; músicas com letra e melodia adequadas ao momento litúrgico (muitas vezes acompanhada apenas do órgão - quando muito um violino); espaço litúrgico sem invenções. Bom, enfim, aquilo que muitos "sonham" com uma bela liturgia... Não existem "padres-show", nada de música alta, desafinada ou fora de lugar, nada de discurso partidarista durante a liturgia. Ah, a homilia é sempre centrada nas leituras, bíblica, profunda e aplicada à vida dos cristãos - e nunca é longa! 

O meu questionamento é: Por que o esvaziamento das Igrejas se a celebração é (praticamente) isenta de erros, exageros, abusos etc. Pelo discurso de alguns dentro do ambiente brasileiro, se as liturgias fossem bem celebradas os bons cristãos permaneceriam e a liturgia mesma seria polo de atração. A questão é: será mesmo? 
Não. Para mim a resposta é não! Não é garantia de nada disso. A ação possível dos cristãos em nosso tempo está além das belas celebrações (que são maravilhosas, é claro!), mas que muitas vezes geram discussões e até brigas inúteis e divisões no próprio seio da Paróquia ou da comunidade. 
E, é inútil lembrar de exemplos do passado onde as grandes e belas celebrações atraíam os "descrentes". Claro, cada sociedade, várias histórias, várias reflexões e diferentes compreensões. Vamos refletir?

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