"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

domingo, 17 de junho de 2012

Há algum tempo atrás trabalhava em um certo banco. Na ocasião estava como caixa, porém em um lugar afastado da bateria de caixas. Próximo das 16h (horário de fechar o banco) houve uma movimentação na fila do banco e surge um rapaz com uma arma apontando para uma moça e exigindo que os vigilantes entregassem suas armas. Ao render os vigilantes outros dois sujeitos entraram na agência e exigiram que o gerente mostrasse e abrisse o cofre. O nosso gerente (que era um grande banana!) não se apresentou e outro fez este papel para os bandidos. Ao verificar que o cofre iria demorar muito para abrir (possuía um timer) ele apanhou a fita de gravação das câmeras, foi até a bateria de caixa, bateu em meus colegas e apanhou o valor que eles possuíam - aproximadamente 10.000 de cada um dando um total de quase 50.000. Depois disto foram embora e muito depois os policiais chegaram.

Bom, até aí foi um assalto como vemos quase todos os dias no jornal. Mas a questão é que não levaram nada de meu caixa - uma vez que eu não estava junto com os outros colegas e minha mesa não parecia um caixa - atendia somente os clientes preferenciais da agência. Mas comigo eu tinha mais de 50.000, pois o volume que eu trabalhava era grande! E como os bandidos levaram a fita de vídeos e o assalto foi muito rápido, as pessoas não perceberam por onde eles passaram. Um colega meu, após a poeira baixar, perguntou-me: "Quanto levaram?" E eu, abrindo a gaveta com aqueles pacotes de dinheiro, disse: "levaram tudo!" Claro que eu brinquei com ele! Mas, para quem conhece um pouco de bancos sabe que o valor do registro do caixa é igual ao valor em $ que o caixa possui, mas no caso de um assalto, não tem como comparar os valores e o caixa fica fechado e se dá como perdido o valor.

O ponto no qual eu quero chegar é que, se eu quisesse levar vantagem da situação, eu simplesmente embolsaria o valor que eu possuía no caixa e ninguém iria saber, pois a fita de vídeo havia sido roubada! Por que eu não fiz? Por uma questão de princípio! Não faria nunca! Mas será que outro não faria?

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