"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

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terça-feira, 8 de março de 2011

A pérfida lei da blasfêmia

Cidade do Vaticano, 08 mar (RV) - O último editorial do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, recorda as mortes do muçulmano Salman Tasser, Governador de Punjab; e do católico Shahbaz Bhatti, Ministro para as minorias.

Pe. Lombardi escreve que “muçulmanos e cristãos estão sendo assassinados pelo mesmo motivo no Paquistão: porque se opõem à lei da blasfêmia”. Na verdade, para o padre, a “lei é em si mesma blasfema, porque em nome de Deus, causa de injustiça e morte”.

“Os dois políticos bem sabiam que arriscavam a vida, pois já haviam sido explicitamente ameaçados de morte. Contudo, não renunciaram à luta pela liberdade religiosa e contra o fanatismo violento, e acabaram pagando o preço mais alto, com seu próprio sangue” – lê-se no semanário do Centro Televisivo Vaticano, Octava Dies.

“Estes dois assassinatos nos enchem de horror e angústia pelo futuro dos cristãos no Paquistão, mas ao mesmo tempo, paradoxalmente, nos inspiram esperança, porque unem um muçulmano e um cristão no sangue derramado pela mesma causa”.

“Comovidos e gratos pelo modo como os dois viveram e morreram, os verdadeiros adoradores de Deus continuarão a luta em memória de Tasser e Bhatti, se necessário até a morte, pela liberdade religiosa, a justiça e a paz” – conclui Pe. Lombardi.

As normas sobre a blasfêmia foram introduzidas no Paquistão entre 1980 e 1986, para garantir o respeito à religião muçulmana. A lei da blasfêmia prevê a pena de morte para qualquer um que insulte o Islã ou o profeta Maomé, mas frequentemente é usada para perseguir minorias religiosas.

(Rádio Vaticano)

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