Islamismo:
1) Na sua religião, o carnaval é um período de recolhimento? Por quê?
Nós muçulmanos não participamos das festividades do carnaval, pois buscamos extravasar nossa alegria de forma lícita, aquela que agrada a Deus o Altíssimo, infelizmente, o que vemos no que tocante ao carnaval, são foliões envolvidos quase sempre com o consumo bebidas enebriantes, pessoas na sua grande maioria praticamente nuas, buscando o sexo como objetivo maior, com o maior número possível de parceiros nesses dias de folia. Devido a isso, procuramos nos afastar de tais ambientes que não se coadunam com o nosso modo de ser.
2) Que atividades ela oferece aos seus seguidores neste período? Ainda é possível inscrev er-se para participar? Como e onde?
Buscamos nesse período, por exemplo, organizar encontros de jovens, em hotéis fazenda, para fugirmos da agitação relativa ao carnaval. Com atividades recreativas , palestras acerca do Islam e etc. Para esse ano, todas as vagas nos diversos eventos que estão sendo realizados em diversos Estados do Brasil já se encontram preenchidas.
3) Sua religião proíbe que seus adeptos brinquem carnaval? Por quê?
Sim, por ser uma festa que não se alinha com os princípios Islâmicos e consequentemente com o nosso modo de ser e agir. Nós muçulmanos buscamos nos divertir como qualquer pessoa, desde que dentro dos parâmetros que agradam a Deus. Infelizmente, o que acabamos observando no carnaval é uma total degradação do ser humano, fazendo dessa festividade, a "festa da carne". regada a muita bebida inebriante.
4) E no caso dos seguidores que têm que trabalhar durante o carnaval (diretamente ou indiretamente com a festa), há algum tipo de orientação com relação à conduta ou sobre cuidados?
Não existe nenhuma recomendação específica para essas pessoas, além das que normalmente são dadas aos muçulmanos de um modo geral, para que busquem ser sempre coerentes com os princípios do Islam, e recatem seus olhares. Lembrando que o muçulmano deverá sempre buscar um trabalho que não tenha ligação direta com o carnaval, para que não fique exposto a tudo que já citamos acima, caso não seja possível, que tema a Deus durante o exercício da sua atividade.
*As perguntas foram respondidas por Sami Isbelle, diretor do departamento educacional e de divulgação da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio (SBMRJ).
(Globo)
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