"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

sábado, 21 de abril de 2012

Cardeal Ângelo Sodano


 Cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício, Secretário de Estado emérito , nasceu em 23 de Novembro de 1927 em Isola d'Asti, na Itália. Ele é o segundo de 6 filhos. Tendo estudado filosofia e teologia no seminário de Asti, ele então, obteve um doutorado em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana e em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense.

Foi ordenado sacerdote em 23 de Setembro de 1950, e dedicou seus primeiros anos para ensinar teologia dogmática no seminário diocesano e para o apostolado da juventude.

Em 1959, juntou-se Corpo Diplomático da Santa Sé e depois de ter frequentado a Academia Pontifícia eclesiástica. Atuou no Equador, Uruguai e Chile, como secretário da Nunciatura. Em 1968 ele foi chamado a Roma para servir no então Conselho de Assuntos Públicos da Igreja. Durante este período, como membro de missões da Santa Sé, visitou a Romênia, Hungria e Alemanha Oriental.

Em 30 de novembro de 1977 foi nomeado arcebispo titular de Nova di Cesare e Núncio Apostólico no Chile. Ele foi ordenado em 15 de janeiro de 1978.

No Chile, trabalhou por 10 anos visitando quase todas as dioceses e cooperando também na conclusão feliz da mediação pontifícia entre Chile e Argentina, para a solução pacífica da controvérsia sobre a soberania dos dois Estados em algumas zonas do território austral.

Brasão
Card. Ângelo Sodano
Em 28 de maio de 1988 João Paulo II o chamou para servir como Secretário do Conselho, em seguida, para os Assuntos Públicos da Igreja. Em 1º de Março de 1989, com a Constituição Apostólica Pastor Bonus assumiu o título de Secretário de Relações com os Estados.

Dedicou também uma atenção especial à Pontifícia Comissão para a Rússia, da qual era presidente.

Representou a Santa Sé em várias reuniões internacionais, especialmente nas reuniões dos Ministros dos Negócios da Conferência de Segurança e Cooperação na Europa (CSCE), realizada em Viena, Copenhague, Nova York e Paris.

Em 1º de Dezembro de 1990, foi chamado para servir como Pró-Secretário de Estado.

Em 29 de Junho de 1991, foi nomeado Secretário de Estado.

Eleito vice-decano do Colégio Cardinalício em 30 de Novembro de 2002.

Em 30 de abril de 2005, o Santo Padre Bento XVI - pouco depois de ser eleito Papa - reconfirmou o Cardeal Sodano como secretário de Estado e aprovou a eleição do Cardeal Sodano como decano do Colégio Cardinalício pelos Cardeais da Ordem dos Bispos.

Em 15 de setembro de 2006, o Papa Bento XVI aceitou a sua renúncia ao cargo de Secretário de Estado, de acordo com o cânon 354 do Código de Direito Canônico.

Criado e proclamado cardeal-presbítero pelo Papa João Paulo II no Consistório de 28 de Junho de 1991. Promovido à ordem dos cardeais-bispos com o título da sé suburbicária de Albano, retendo in commendam o título de Santa Maria Nuova, em 10 de janeiro de 1994. É elevado no título cardinalício da Sé Suburbicária de Ostia em 30 de Abril 2005.

Data de nascimento23 de novembro de1927 (84 anos)
Local de nascimentoItália Isola d'Asti
Ordenado
sacerdote
23 de setembro de 1950
Consagrado
bispo
15 de janeiro de 1978
Elevado
arcebispo
30 de novembro de 1977
Proclamado
cardeal
28 de junho de 1991 peloPapa João Paulo II


Sobre o cardeal Decano:


O Decano do Colégio dos Cardeais, Deão do Colégio dos Cardeais ou Cardeal-decano é o purpurado que preside ao Sacro Colégio dos Cardeais, sendo eleito entre os seis cardeais-bispos, titulares das igrejas suburbicárias de Roma. Somente os cardeais-bispos, sob a presidência do cardeal-subdecano, se este estiver presente, ou do mais antigo, elegem entre si um para ser decano do Colégio, apresentando, depois, seu nome ao Soberano Pontífice, a quem compete aprovar o eleito.

O cardeal-decano assume como título a diocese de Óstia, acumulada juntamente com a outra igreja suburbicária que já tinha antes como título. O decanato confere ao cardeal eleito o estatuto de primeiro entre os Príncipes da Igreja.

O decano do Colégio Cardinalício é o presidente do referido colégio. Sempre detém o título de cardeal-bispo.

A escolha do decano entre os cardeais

É escolhido dentre os seis cardeais-bispos, os próprios cardeais o escolhem, com a aprovação do Papa, ou seja, não é necessariamente o cardeal mais antigo em exercício no colégio.

Era da tradição de Roma que o decano fosse o cardeal com mais tempo (mais antigo) dentre os seis cardeais-bispos das sedes suburbicárias. Assim estabelecia o Código de Direito Canónico de 1917. Paulo VI autorizou os seis bispos a elegerem entre eles o decano em 1965. Devendo, esta eleição, ser confirmada pelo Papa. Não tem função de governo sobre os demais cardeais, mas conserva a função de primus inter pares no colégio.

O que cabe ao decano

É responsabilidade do decano convocar o conclave para a eleição de um novo papa. O decano preside o conclave.

Tem a responsabilidade de comunicar ao corpo diplomático acreditado junto a Santa Sé a notícia da morte do papa e aos chefes de Estado dessas respectivas nações, conforma a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis.

Secundo o cânone 355 do Código de Direito Canônico se o recém-eleito papa não é já um bispo, cabe ao decano ordená-lo como tal. Não sendo possível ao decano a incumbência recairá sobre o vice-decano e, ainda na impossibilidade deste último, o cardeal mais antigo da classe dos cardeais-presbíteros.

Conforme a seção 4 do cânon 350 o decano do colégio detém o título de Óstia, juntamente com qualquer outro que já possua, mantém, portanto, o título de sua anterior diocese suburbicária, acumulando-o com o de Óstia. Assim tem sido desde 1914, por decreto do Papa Pio X. No passado, os decanos, a partir do ano de 1150 cediam seu título precedente pelo título conjunto de Óstia e Velletri.

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