"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Islã interpreta mal o Sínodo do Oriente Médio considerando-o um projeto contra si

O sacerdote jesuíta e perito em diálogo inter-religioso com o Islã, o Pe. Khalil Samir, advertiu que muitos muçulmanos interpretaram mal o Sínodo dos Bispos do Oriente Médio no Vaticano, realizado em outubro de 2010, como se este se tratasse de um "novo projeto" contra o Islã. 

Em entrevista concedida ao grupo ACI, o sacerdote afirmou que "muita gente, muitos muçulmanos, que não têm nem idéia do que é o Cristianismo o estão interpretando (o Sínodo) como uma nova cruzada".

Nos dias 20 e 21 de janeiro diversos líderes da Igreja no Meio Oriente se reuniram com representantes do Vaticano em Roma para avaliar o Sínodo e para sugerir temas para o documento que o Papa Bento XVI divulgará na forma de uma exortação apostólica pós-sinodal. 

Logo depois da reunião, o Vaticano lançou um comunicado no dia 8 de fevereiro no qual assinala que "a situação sócio-política em vários países do Oriente Médio segue sendo tensa". 

O Pe. Khalil do Pontifício Instituto Oriental e conselheiro para estes assuntos no Vaticano, assinalou que "quando os muçulmanos se reúnem, usualmente o fazem em um nível político". Como resultado muitos deles vêem a reunião dos bispos no Sínodo de outubro como uma ocasião realizada para discutir "como atacar o Islã".

"Cinqüenta e sete estados muçulmanos se reúnem anualmente, em geral por convite da Arábia Saudita e discutem sobre como estes podem defender o Islã. Em sua mentalidade, Ocidente ainda está formado por nações cristãs. Ainda é o Cristianismo contra o Islã, dado que eles não estabelecem diferença entre a religião e o estado", explicou.

No comunicado de 8 de fevereiro, o Vaticano informou que a mensagem final do Sínodo foi enviada a "personalidades políticas" em toda a região. Também se falava de um congresso internacional na Síria sobre o estado das relações entre muçulmanos e cristãos em países árabes. Além disso, realizou-se uma reunião entre judeus e cristãos em Jerusalém para "promover informação mais objetiva sobre a assembléia sinodal".

O texto insistia na necessidade de "respeitar as comunidades cristãs" para "erradicar qualquer sentimento contra os cristãos no Meio Oriente, para deter a emigração dos cristãos da região, que é sua terra natal, e para favorecer o bem comum".

A seguinte reunião do Conselho Especial para o Meio Oriente da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, sob a autoridade do Secretário Geral, o Arcebispo Nikola Eterovic, será realizada nos dias 30 e 31 de março.

(ACI Digital)

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