"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

08/02 - Santos e Bem-aventurados

São Jerônimo Emiliani, fundador da Congregação dos Padres Somascos
Jerônimo Emiliani, filho de um senador da Sereníssima República, nasceu em Veneza, Itália, em 1486. Sua juventude foi bastante tumultuada, com comportamentos mundanos e desregrados. Aos 15 anos iniciou a carreira militar e durante a guerra que Veneza teve que enfrentar contra a Liga de Cambrai, em 1511, teve que substituir um irmão na chefia de um castelo nas proximidades do Rio Piave. Derrotado pelo marechal La Polisse e mantido prisioneiro em lugar secreto durante bastante tempo, fez voto a Nossa Senhora de terminar com a vida que então tinha levado se conseguisse fugir.  Neste período, ele foi envolvido numa forte experiência de conversão. Atormentado pela memória de seus pecados, reconheceu em Cristo Crucificado o amor misericordioso do Pai. Mas continuou lutando até 1518, quando chegou em Veneza, começando a realizar seu voto. Se desfez de toda a fortuna e se consagrou a uma missão muito especial, baseada na revelação da paternidade divina: compartilhar e viver em comunidade com os órfãos, os pobres e os doentes. Aconselhado por são Caetano de Thiene e pelo então cardeal Carafa (futuro papa Paulo IV), em 1531 fundou um instituto de religiosos na cidade de Somasca, nas proximidades de Bréscia, Itália. Logo foram chamados de "padres Somascos". Jerônimo Emiliani permaneceu leigo e dedicou sua existência a Deus e à caridade. Seus trabalhos solidários se estendiam aos doentes, atingidos pela peste, e miseráveis como também as crianças órfãs e às prostitutas. A motivação da sua vida espiritual foi o desejo de devolver a Igreja ao estado de santidade das primeiras comunidades cristãs. Este mesmo ideal determinou o modo de organizar a vida das casas que acolhiam os órfãos. Dos muitos colaboradores que se aproximaram dele, alguns tomaram a decisão de seguir o seu estilo de vida. Assim nascia a Companhia dos Servos dos Pobres. Prestes a morrer, Jerônimo Emiliani transmitiu a seus discípulos um testamento que sintetizava sua experiência espiritual e representava, ao mesmo tempo, um itinerário de vida cristã: "Segui o caminho do Crucificado, desprezai a iniqüidade, amai-vos uns aos outros e servi aos pobres". Jerônimo Emiliani faleceu na cidade de Somasca, Itália, no dia 8 de fevereiro de 1537, vitimado pela peste que contraiu servindo aos doentes durante uma epidemia que se alastrou na cidade. Apesar disso cuidou dos enfermos até os últimos momentos de sua vida. O papa Santo Pio V, em 1568, oficializou a Ordem dos Religiosos de Somasca. Jerônimo Emiliani foi canonizado em 1767. Em 1928, o Papa Pio XI o declarou Padroeiro dos órfãos e das crianças abandonadas.

Santa Josefina Bakhita
Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa "afortunada", não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi imposto por seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado em sua infância, causaram profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela. Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.
Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, perto de Vicenza. Ali, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.
Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu Patrão!".
Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico".
Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.

Santo Estevão de Muret
Estevão era filho do visconde de Alvérina e nasceu em Thiers, na França, por volta do ano 1048. Ainda adolescente seguiu o pai até Roma, onde se encontrou com o Papa. Deste encontro nasceu no jovem o desejo de seguir a vida monástica. Ficou na Itália e procurou Milone, arcebispo de Benevento, para ser introduzido na vida espiritual. Visitou mosteiros e comunidades de eremitas na região italiana da Calábria. Aos 21 quis voltar para a França com o objetivo de introduzir em seu País o estilo de vida eremita. Em 1076 renunciou a tudo, riquezas, bem-estar, conforto, e retirou-se para os montes de Ambazac, a nordeste de Limoges, no centro-oeste da França. Estevão ficou aí durante 46 anos, como eremita, vivendo na máxima austeridade e grande piedade. Aos poucos chegaram os discípulos e então o grupo se transferiu para a localidade de Muret, onde foi construído um mosteiro, que se caracterizava pela extrema pobreza. Os monges foram popularmente conhecidos como “Bons hommes” (bons homens). Estevão afirmava que não havia necessidade de uma regra escrita, pelo fato que “não existe outra regra a não ser o Evangelho de Cristo”. Os monges dedicavam-se completamente à oração litúrgica e particular. Trabalhavam a terra para ter o próprio sustento e o que sobrava era distribuído aos pobres. O centro da vida de santo Estevão e de seus monges era a “interioridade”, a relação direta com Deus, através da prática da humildade, da entrega e da oração de submissão e de louvor como era o espírito da época. Faleceu em 1124. Quando os monges deixaram o mosteiro de Muret e se transferiram para Grandmont, levaram consigo os restos mortais do santo. Foi canonizado em 1189 pelo papa Clemente III, a pedido do rei inglês Henrique II que incentivou a presença dos monges “grandmonstines” em seu reino.

Santo Honorato, bispo de Milão, norte da Itália († Gênova, 570). Vigésimo nono bispo de Milão, com achegada dos invasores Longobardos, buscou refúgio na cidade de Gênova. Amigo de são Verano, apóstolo de Albenga, foi um dos bispos que se opôs à condenação dos Três Capítulos.



São Giacuto, monge na Bretanha (noroeste da França)

Santo Invêncio (Evêncio), bispo de Pavia (norte da Itália), Pavia, † fevereiro de 397

São Laureato, mártir no sul da Itália

Santos Mártires Constantinopolitanos, monges, final do séc. V

São Nicésio (ou Niceto) de Besançon (França), bispo, séc. VI / VII

São Paulo de Verdun (França), bispo

Santa Quinta de Alexandria (Egito), mártir, † 259


Bem-aventurados Alfonso de Riera, Francesco de Aretto, Dionísio Rugger e Francisco Donsu, mercedários, séc. XII

Bem-aventurada Josefina Gabriela Bonino, Savigliano, Cúneo (noroeste da Itália), 05 de setembro de 1843 – Savona (noroeste da Itália), 08 de fevereiro de 1906

Bem-aventurado Meteus Galo (de Gimarra), bispo de Agrigento (ilha da Sícília, Itália), franciscano, 1376 – 07 de janeiro de 1450

Bem-aventurado Pedro Ignei, monge beneditino e bispo de Albano (Roma), † 1089

(Verbonet)

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