"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

domingo, 23 de janeiro de 2011

24/01 - Santos e Bem-aventurados

Santo Bábila, bispo de Antioquia (Síria), falecido no cárcere sob o imperador Décio, por volta do ano 250, junto com três crianças que tinham sido confiadas a ele.


São Francisco de Sales, bispo de Genebra (Suíça) e doutor da Igreja (Castelo de Sales, Thorens, Sabóia, 1567 – Lyon, França, 1622). Descendente de uma nobre família, educado num ambiente moldado pela piedade franciscana, tinha sido encaminhado pelo pai à carreira de magistrado. Em 1582 foi até Paris para completar os estudos e teve que enfrentar um forte conflito interior diante das idéias evangélicas e pré-jansenitas que penetravam na Sorbonne, superando com um ato de plena confiança em Deus. Em 1592, obteve o doutorado em direito na universidade de Pádua (Itália) e tornou-se advogado do senado da Sabóia. Sacerdote em 1593, dedicou-se, entre 1594 e 1597, exclusivamente a reconquistar para o catolicismo a região do Chablais, que tinha passado para o calvinismo. Eleiot bispo coadjutor de Genebra (1597), esteve em Roma e depois em Paris (1602), com a tarefa de regularizar a situação religiosa do território de Gex (Pays de Gex, anexado pela França em 1601. Em Paris entrou em contato com grupos marcados por uma nova e intensa espiritualidade, como o do Bérulle; pregou a Quaresma ao Louvre. M 1602 tomou posse da Diocese titular de Genebra, transferida para Annecy, dedicou suas energias na reorganização de sua diocese (visitas pastorais, catecismo, pregações, reforma das comunidades religiosas), continuou a atividade de conversão dos calvinistas do Chablais, teve uma importante influência social e política, sendo que sua diocese abrangia territórios do duque da Sabóia, franceses e suíços. Em 1610 em Annecy fundou com Joana de Chantal a Ordem da Visitação. Foi chamado várias vezes a pregar fora de sua diocese, em Dijon (1604), Grenoble (1617 e 1618), etc. Voltou a Paria em 1618 para negociar o matrimônio do príncipe do Piemonte com uma princesa francesa e, aí, conheceu são Vicente de Paulo; rejeitou a indicação a bispo coadjutor de Paris, que lhe foi oferecida para segurá-lo na capital francesa. Em 1622 acompanhou Carlos Emanuel I de Saboia em sua visita a Luís XIII em Avignon, falecendo em Lyon quando estava de volta à sua diocese. Foi canonizado em 1665, proclamado doutor da Igreja por Pio IX (1877) e padroeiro dos jornalistas e escritores católicos em 1923 por Pio XI. São Francisco de Sales representa uma mas maiores encarnações do Humanismo cristão, iluminado pelo otimismo franciscano e inspirado pelas tendências da Devotio moderna e pela espiritualidade de são Filipe Neri. Sua teologia do amor e sua piedade fogem de toda rigidez formal e de todo esquema para exaltar as virtudes próprias de todo estado social, com o objetivo de estabelecer as relações entre Deus e o homem num patamar de recíproca confiança. Suas obras, marcadas por interessantes observações psicológicas e escritas num estilo original, rico de imagens e de alegorias, são típicas de uma vocação de diretor espiritual. As principais são: a Introdução à vida devota (1609), o Tratado do amor de Deus, os Sermões, os Colóquios espirituais e onze volumes de Cartas.


São Feliciano de Foligno, mártir romano (séc. II – III). Bispo de Foligno, centro da Itália, morreu em Roma, vítima da perseguição de Décio.


Santo Essuperâncio, bispo de Cingoli (centro da Itália), séc. V


São Sabiniano, mártir em Troyes (França)


Santas Vera e Suporina, virgens de Clermont (França), séc. X


Santa Xênia (Eusébia de Misala), virgem, séc. V


Bem-aventurado Timóteo Giaccardo, sacerdote paulino [Narzole, Cúneo (noroeste da Itália), 13 de janeiro de 1896 – Roma, 24de janeiro de 1948]. José Timóteo Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à Congregação da Pia Sociedade de São Paulo. A originalidade de sua vida está em ter sido o primeiro sacerdote da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do Fundador, Padre Tiago Alberione. Nasceu em Narsole, norte da Itália. Sua família era pobre de bens materiais, mas rica de fé e virtudes cristãs. Em 1908 José encontrou-se pela primeira vez com o jovem padre Tiago Alberione que, em Narzole estava dando sua colaboração na paróquia. Padre Alberione, percebendo no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser padre; encaminhou-o para o seminário da diocese de Alba.

Tendo como guia espiritual padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na "Obra de São Paulo" fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era a evangelização por meio da imprensa, a principal mídia da época. Desde cedo José Timóteo mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser cada dia melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso com grande fé acatou as orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de evangelização.

José Timóteo, movido pela fé, foi fiel companheiro da "primeira hora", seguidor incondicional e colaborador ativo do Fundador da então nascente Família Paulina. Acompanhou todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e sensibilidade. Além de alguns livros, deixou como preciosa herança espiritual um "Diário", rico da presença de Deus e desejos profundos de santidade para si mesmo e para todos. Sua fé em Deus e amor à missão fazia dele uma pessoa autêntica e radical. Lemos em seu "Diário": "Ó Jesus, quero viver de tua vida, transforma-me. Quero ser "outro Jesus" na minha vida e com todas as pessoas".

Diante das grandes dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino Mestre (uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a própria vida para a garantir a existência na Igreja desta congregação, certamente querida por Deus.

E o importante é que Deus aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a falecer alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino Mestre, no dia 24 de janeiro de 1948. A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948. Dele escreveu o Fundador: "De 1909 a 1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina, ele, embora não entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que recebeu da Eucaristia, sua fervorosa devoção Mariana, a reflexão sobre os documentos pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os meios modernos para anúncio do Evangelho".

Desde 1917, ainda seminarista, orientava os mais novos; foi chamado e tornou-se para sempre: o senhor mestre: amado, ouvido, seguido e venerado por todos. Foi o mestre que a todos precedia com o exemplo, que ensinava, aconselhava e construía com suas orações iluminadas e fervorosas. Gravou, pode-se dizer, em cada pessoa sua marca, e imprimiu algo de si em cada coração dos Sacerdotes e Discípulos, das Paulinas, Discípulas e Pastorinhas e em todos aqueles que se aproximaram dele por motivos espirituais ou sociais e econômicos.

Foi mestre na oração: sabia falar com Deus. Vivia intensamente a devoção à eucaristia, a Nossa Senhora, à liturgia e nutria um grande amor à Igreja e ao Papa. Foi mestre na missão. Ele a sentia, a amava e a desenvolvia. Sabia suscitar energias, ser o sustento para os fracos e luz e sal, no sentido evangélico, para todos.

Foi o coração e a alma da Família Paulina. Quem quiser conhecer alguém que encarnou totalmente o ideal e o carisma da missão paulina em sua integralidade, deve olhar o "senhor mestre". (Alberione) A aprovação e o reconhecimento de suas virtudes, por parte da Igreja, não se fizeram esperar. Em 1985 foi declarado venerável. E a 22 de outubro de 1989, o Papa João Paulo II o declarou solenemente bem-aventurado.


Bem-aventurados Guilherme Ireland e John Grove, mártires, + Tyburn, Londres, Inglaterra, 24 de janeiro de 1679


Bem-aventurada Maria Poussepin, dominicana, Dourdan (França), 1653 – Sainville (França), 1744

Bem-aventurada Paola Gambara Costa, terciária franciscana, Bréscia (norte da Itália), 03 de março de 1463 – Binaco (Milão, norte da Itália), 24 de janeiro de 1515


Bem-aventurado Paulo de Ambrosis de Cropani, franciscano, Cropani (Catanzaro, sul da Itália), 24 de janeiro de 1432 - 1489


Bem-aventurado Wincenty Lewoniuk e 12 companheiros, mártires em Pratulin (Polônia), 24 de janeiro de 1874

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