"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

19/01 - Santos e Bem-aventurados

São Bassiano [Siracusa, ilha italiana da Sicília, 320 - † 409], primeiro bispo historicamente documentado de Lodi (374-409). Participou do concílio de Aquileia (381) e talvez ao de Milão (390): amigo de santo Ambrósio, esteve ao lado dele na hora da morte. É padroeiro da Diocese de Lodi (norte da Itália).


São Canuto IV, rei. Canuto nasceu no ano 1040. Era o filho primogênito do rei Estevão II, da Dinamarca, portanto, o sucessor direito e legal ao trono. Mas, quando seu pai morreu, Canuto foi traído por um irmão ambicioso, que lhe usurpou o reino.

Criado e educado com sabedoria e nobreza, o santo desde pequeno mostrou dotes de piedade e caridade. Encontrou desde cedo paz e serenidade na oração e na fé. Casou-se com uma cristã, princesa de Flandres, e com ela teve um filho, Carlos, que também se tornaria santo. Com toda essa formação, Canuto não reagiu com violência à traição do irmão, aventureiro e ingrato. Confiou e esperou.

Quatro anos mais tarde o usurpador morreu. Pôde, então, se tornou o rei, Canuto IV, assumindo a coroa que lhe pertencia. Nesta ocasião a Dinamarca assistiu a um dos reinados mais enérgicos, piedosos e corretos de toda sua História. Canuto foi, segundo todos os registros, sem nenhuma voz discordante, um rei que deixou em todos os seus atos a marca da justiça e da caridade, com uma política inteiramente voltada em benefício dos necessitados. Além disso, favoreceu grandemente o cristianismo, fazendo construir dezenas de igrejas, conventos, escolas e hospitais.

Mas sua política de favorecimento aos pobres desagradou a nobreza. Esta se articulou contra ele de forma que fosse mal sucedido em uma guerra contra a Inglaterra, em 1075. Novamente atraiçoado e mais uma vez por um irmão, Canuto foi perseguido, procurando refugiou na Igreja de Santo Albano em Odense, onde foi assassinado. Era o dia 19 de janeiro de 1086 e ele morreu ajoelhado defronte ao altar. Tinha apenas quarenta e seis anos.

Sua morte foi considerada como martírio, milagres foram registrados em seu túmulo e ele passou a ser venerado como santo pelo povo. Em 1100, os emissários do rei Eric III entregaram o processo de canonização ao papa Pascoal II. No ano seguinte, seu culto foi autorizado e o rei São Canuto IV, declarado o padroeiro da Dinamarca.


Santo Henrique de Uppala [† 1156]. De origem inglesa, bispo de Uppsala, na Suécia, em 1152, foi martirizado enquanto se dedicava à evangelização da Finlândia.


São João de Ribera, bispo

São João nasceu em Sevilha, no sudoeste da Espanha. Seus pais se chamavam Pedro e Teresa, família que se distinguia entre a nobreza por sua generosidade. Enviaram João para estudar em Salamanca, onde se tornou o discípulo de Vitória e de outros teólogos que brilhavam em Trento. Não tinha ainda 30 anos quando foi nomeado pelo Papa Pio IV Bispo de Badajoz, dedicando-se plenamente à santificação de seus fiéis, enviando missionários por toda a diocese. À idade de 36 anos foi transferido para a sede de Valência, onde logo advertiu as necessidades desta grande arquidiocese. Ao santo, entre outras coisas, coube aplicar as reformas de Trento em sua jurisdição, bem como a catequização dos mouriscos, mas com poucos frutos, sendo estes expulsos em 1609 pelo rei Felipe III. Diante disso, São João foi nomeado vice-rei de Valência; o santo aceitou este cargo a pedidos do rei, e Valência desfrutou longos anos de paz e de melhor administração da justiça. São João percorreu várias vezes a diocese e entre 1570 e 1610 realizou 2.715 visitas pastorais, e celebrou sete sínodos. Fundou o Colégio de Corpus Christi para a formação do clero e honrar solenemente o Santíssimo Sacramento. São João de Ribera faleceu em janeiro de 1611.


Santos Mário, Marta, Audifax e Ábaco

Conta-se que esses quatro santos peregrinaram da Pérsia até Roma, para venerar os túmulos dos mártires, e deram sepultura digna a mais de 260 deles, que jaziam insepultos.

Porém, enquanto realizavam tal missão, foram surpreendidos e presos, sendo imperador, Cláudio II (268-270). Primeiramente, foram presos São Mário, Audifax e Ábaco, sendo martirizados na Via Cornélia. Seus corpos foram incinerados para que os fiéis não cultuassem seus restos mortais. E Santa Marta foi condenada à morte por afogamento. Foram sepultados por Felicita, em sua própria casa, e mais tarde, nesse mesmo local, foi construída uma igreja para homenageá-los, cujas ruínas existem até hoje.


Santo Odilo nasceu em 962, na cidade francesa de Auvergne. Seu pai era Beraldo, da nobre família Mercoeur e sua mãe Gerberga. Narra a tradição, que a sua vida espiritual começou na infância, aos quatro anos de idade. Era portador de uma deficiência nas pernas que o impedia de andar. Certa vez, sua governanta o deixou sentado na porta da igreja, enquanto foi falar com o padre. Odilo aproveitou para rezar e se arrastou até o altar, onde pediu à Virgem Maria que lhe concedesse a graça de poder caminhar. Neste instante, sentiu uma força invadir as pernas, ficou de pé e andou até onde estava a empregada, que, junto com o vigário, constatou o prodígio.

Assim que terminou os estudos ingressou no Mosteiro beneditino de Cluny, em 991. Tão exemplar e humilde foi seu trabalho que, quando o abade e santo Maiolo sentiu que sua hora era chegada, elegeu-o seu sucessor, em 994. Este cargo, Odilo ocupou até a morte.

Ele era um homem de estatura pequena e aparência comum, mas possuía uma força de caráter imensa. Soube unir suas qualidades inatas de liderança e diplomacia, com a austeridade da vida monástica e o desejo de fazer reinar Cristo sobre a terra. Desta maneira conseguiu, num período difícil de conflitos entre a Igreja e o Império, realizar a doutrina de paz e fraternidade pregadas no Evangelho. Exerceu sua influência sobre os dois, de modo que se estabeleceu a célebre "trégua de Deus", conseguida, grande parte, por seu empenho.

Como alto representante da Igreja que se tornara, era procurado e consultado tanto pelos ilustres da corte como pelos pobres do povo, atendendo a todos com a mesma humildade de um servo de Cristo. A sua caridade era ilimitada, tanto que, para suprir as necessidades dos famintos e abandonados, chegava a doar as despensas do mosteiro. Até a valiosa coroa, presenteada pelo imperador Henrique II, e os objetos sagrados da Abadia foram vendidos, quando a população se viu assolada pela peste, em 1006. Mesmo assim os recursos foram insuficientes, então, Odilo se fez um mendigo entre os mendigos, passando a pedir doações aos príncipes e à aristocracia rica, repassando para a população flagelada.

No trabalho religioso, aumentou a quantidade dos mosteiros filiados à Abadia de Cluny, que de trinta e sete passaram a ser sessenta e cinco. Naquela época, Cluny se tornou a capital de uma verdadeira reforma monástica, que se difundiu por toda a Europa e, pode-se dizer que Odilo, quinto abade de Cluny, era considerado o verdadeiro chefe da cristandade, porque o papado teve de se envolver com os problemas políticos da anarquia romana.

Em 998, por sua determinação, todos os conventos beneditinos passaram a celebrar "o dia de todas as almas". Data que Roma implantou para todo o mundo católico em 1311, com o nome de "dia de finados". Foi ainda eleito Arcebispo de Lion pelo povo e pelo clero, chegando a ser nomeado pelo Papa João XIX, mas recusou o cargo.

Em 31 de dezembro de 1049, morreu com fama de santidade, no mosteiro de Souvigny, França. O seu culto foi reconhecido pela Igreja e incluído no calendário dos beneditinos de todo o mundo, cuja comemoração passou do dia 2 de janeiro para 19 de janeiro.


Santa Pia, mártir. É comemorada junto com um grupo de mártires africanos: Paulo, Jerônimo, Januário, Saturnino e companheiros. A época do martírio, provavelmente, foi durante a perseguição de Diocleciano (284-305).


Santo Arsênio de Corfú (Ilha da Grécia), bispo, séc. IX - X


São Castelo, bispo, séc. VII


São Deodato de Saint-Diè (França), bispo, + 679


São Faustina de Como (norte da Itália, beneditina, Rocca d’Algisio (Piacenza) séc. VI - Como, 580


São Germânico, mártir de Esmirna (Turquia), final do séc. II


São João de Ravenna (nordeste da Itália), bispo, + 595


São Godón, abade da abadia de Novalesa (noroeste da Itália), séc. VII


São Leunomano, abade de Corbion (França), séc. VI


Santa Liberata de Como (norte da Itália), virgem, beneditina, Rocca d’Algisio (Piacenza) séc. VI - Como, 580


São Macário, o Grande, abade de Scete, Alto Egito, 300 - 390


São Macário, o alexandrino, monge


São Ponciano de Spoleto (centro da Itália), mártir, séc. II


São Remígio, arcebispo de Rouen (França), séc. VIII


Bem-aventurada Beatriz II de Este [Ferrara, nordeste da Itália, início do séc. XIII – 1262], filha de Azo VII, marques de Este. Casou-se com Galeazzo Manfredo, senhor de Vicenza; depois da morte do esposo, entrou num mosteiro das monjas beneditinas em Ferrara (1254). Foi beatificada no dia 23 de julho de 1774, por Clemente XIV.


Bem-aventurada Isabel Berti, viúva, mercedária espanhola, séc. XIII


Bem-aventurado Marcelo Spinola y Maestre, bispo, S. Fernando (Cadiz, Espanha), 14 de janeiro de 1835 – Sevilha (Espanha), 19 de janeiro de 1906


(Verbonet)

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