Paris, 01 mar (SIR) – Foi aberto na noite desse domingo em Paris no Collège des Bernardins a 21ª sessão dos encontros bienais promovido pelo International Jewish Committee for interreligious Consultation (Ijcic) e a Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo da Santa Sé. Participam do encontro – que este ano celebra seu 40° aniversário – mais se setenta personalidades vidas de todas as partes do mundo. Na abertura dos trabalhos falaram Gilles Bernheim, Grão Rabino da França, Richard Prasquier, presidente do Conselho representativo das Instituições Hebraicas da França (Crif), o card. Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Unidades dos Cristãos (em cujo dicastério trabalha uma comissão que cuida das relações religiosas com o Hebraísmo) e o card. André Vingt-Trois, arcebispo de Paris. O encontro terminará amanhã, quarta-feira, com a publicação de uma declaração conjunta. Ontem, os participantes plantaram um carvalho na cidade de Raincy (Seine-Saint-Denis) em memória de Ilan Halimi, um hebreu francês torturado e morto em 2006. Hoje é o dia dedicado à memória com uma visita dos delegados ao memorial da Shoah em Paris, seguindo-se uma peregrinação ao campo de concentração de Drancy onde haverá uma cerimônia comemorativa. No domingo, em seu discurso, o presidente do Crif Richard Prasquier anunciou a criação em Israel de um memorial dedicado ao card. Jean-Marie Lustiger, incansável incentivador do diálogo entre as duas religiões. Será localizado no Negev perto de Arad, no caminho indicado na Bíblia como a “Estrada dos Reis”. Ao apresentar o evento, o Cardeal André Vingt-Trois recordou os 40 anos de diálogo entre judeus e a Igreja Católica, e no site da Arquidiocese de Paris, ele discorre a respeito da “secular herança de suspeitos e fantasmas” que pesavam sobre estas relações e como elas se transformaram em apenas meio século. “Progredimos muito, principalmente no modo em que judeus e católicos se relacionam. Expressamos claramente que o objetivo dos católicos não é converter os judeus e o dos judeus não é converter os católicos. Segundo o arcebispo, o maior desafio atual é passar de um nível de diálogo institucional às relações básicas, ao relacionamento entre as paróquias e as sinagogas vizinhas. Este é o caminho a ser percorrido”.
(Verbonet)
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