"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

sábado, 26 de março de 2011

Eros e Ágape são as duas faces inseraparáveis do amor, lembra Padre Cantalamessa

padre_cantalamessa.jpgCidade do Vaticano (Sexta-feira, 25-03-2011, Gaudium Press) A partir de hoje, e pelas próximas quatro sextas-feiras, as meditações quaresmais dominarão o ambiente na Capela "Redemptoris Mater", do Vaticano. O pregador da Casa Pontifícia, Padre Raniero Cantalamessa, deu início hoje ao primeiro dos tradiconais sermãos da Quaresma, este ano sob o tema-mor desenvolvendo o tema "As duas faces do amor: Eros e Ágape", uma continuidade à reflexão sobre os temas da reevangelização.
Padre Cantalamessa escolheu para o início da Quaresma o tema do amor porque, segundo ele, é importante não somente para a evangelização, mas também para a "vida interna da Igreja, para a santificação de seus membros"."O amor sofre uma nefasta separação não somente na mentalidade do mundo secularizado, mas também, no versante oposto, entre os crentes e em particular entre as almas consagradas", observou o frei Raniero Cantalamessa, tendo como ponto de referência a encíclica de Bento XVI, "Caritas in veritate".
"Com as pregações desta Quaresma, gostaria de continuar no esforço, iniciado no Advento, de trazer uma pequena contribuição em vista da re-evangelização do ocidente secularizado, o que constitui, neste momento, a preocupação principal de toda a Igreja e em particular do Santo Padre Bento XVI", deu início o religioso.
Conforme o pregador, "Eros sem Ágape é um amor romântico, mais frequentemente passional, até a violência. Um amor de conquista que reduz fatalmente o outro a um objeto do próprio prazer e ignora toda a dimensão de sacrifício e de doação de si." Por outro lado, "Ágape sem Eros" aparece como um amar mais por imposição da vontade que por íntimo impulso do coração; um colocar-se dentro de um molde pré-concebido, ao invés de se criar um próprio, irrepetível, como irrepetível é cada ser humano diante de Deus".
Para Padre Cantalamessa, a ideia do amor no mundo mudou muito daquela original bíblica, por isto o pregador pontifício sugere uma "correção" da visão teológica que temos.
"Corrigir a imagem - observou Padre Cantalamessa - de uma fé que toca o mundo na tangente, sem penetrá-lo a fundo, com a imagem evangélica do fermento que faz fermentar a massa; substituir a ideia de um reino de Deus que veio para "julgar" o mundo por aquela de um reino de Deus que veio "salvar" o mundo, começando pelo "Eros" que é a força dominante disso".
"Se "Eros" significa impulso, desejo, atração, não devemos ter medo dos sentimentos, nem tampouco desprezá-los e reprimi-los" porque "o objeto primário do nosso "Eros", de nossa busca, desejo, atração, paixão, deve ser o Cristo".

(Gaudium Press)

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