Há poucos dias o instituto Barna Group publicou o resumo das principais pesquisas realizadas pela instituição nos Estados Unidos durante o ano de 2010. O resultado revela que o ambiente religioso nos Estados Unidos está se transformando em algo novo e também perigoso. O estudo publicou seis tendências encontradas nas igrejas Americanas:
1. A Igreja Cristã está se tornando menos alfabetizada teologicamente
As pesquisas apontaram que o que costumavam ser verdades básicas e universalmente conhecidas sobre o cristianismo, são agora mistérios desconhecidos para uma grande e crescente parte de norte-americanos. Um exemplo disso é que, segundo os estudos, enquanto a maioria das pessoas considera a Páscoa como um feriado religioso, apenas uma minoria de adultos a associam com a ressurreição de Jesus Cristo. Além disso, uma crescente maioria acredita que o Espírito Santo é um símbolo da presença de Deus ou do poder, mas não é uma entidade viva. A teologia livre para todos que está invadindo as igrejas protestantes em todo o país sugere que a próxima década será um momento de diversidade teológica incomparável e sem consistência.
2. Os cristãos estão se tornando mais isolados dos não-cristãos
Os cristãos estão cada vez mais espiritualmente isolados dos não-cristãos do que era há uma década. Exemplos dessa tendência incluem o fato de que menos de um terço dos cristãos tem convidado qualquer pessoa para se juntar a eles em um evento da igreja durante a época da Páscoa. Os adolescentes estão menos inclinados a discutir o cristianismo com seus amigos do que acontecia no passado.
3. Um número crescente de pessoas estão menos interessadas em princípios espirituais e desejosos de aprender mais soluções pragmáticas para a vida.
Quando perguntado o que mais importa, os adolescentes norte-americanos disseram priorizar a educação, carreira, amizades e viagens. A fé é importante para eles, mas é preciso primeiro um conjunto de realizações de vida. Entre os adultos, as áreas de importância crescente são o conforto, estilo de vida, sucesso e realizações pessoais. Essas dimensões têm aumentado à custa do investimento em fé e família. O ritmo corrido da sociedade deixa as pessoas com pouco tempo para reflexão. O pensamento profundo que ocorre normalmente refere-se a interesses econômicos. As práticas espirituais como a contemplação, solidão, silêncio e simplicidade são raras. (É irônico que os mais de quatro em cada cinco adultos dizem viver uma vida simples.)
4. Entre os cristãos, o interesse em participar da ação da comunidade é cada vez maior
Os cristãos estão mais abertos e mais envolvidos em atividades de serviço comunitário do que no passado recente. No entanto, conforme alerta a matéria, apesar dessa tendência, as igrejas correm o risco desse engajamento diminuir, a menos que abracem uma base espiritual muito forte para tal serviço, e não por estímulo momentâneo.
5. A insistência pós-moderna de tolerância é de conquistar a Igreja Cristã
O analfabetismo bíblico e a falta de confiança espiritual fez com que os americanos evitassem escolhas baseadas na exigências bíblicas, com medo de serem rotulados de julgadores (ou preconceituosos). O resultado é uma Igreja que se tornou tolerante com uma vasta gama de comportamentos moralmente e espiritualmente duvidosos. A idéia de amor foi redefinido para significar a ausência de conflito e confronto, como se não existem absolutos morais que vale a pena lutar. Isso não pode ser surpreendente em uma Igreja na qual uma minoria acredita que existe uma moral absoluta ditada pelas escrituras.
6. A influência do cristianismo na cultura e na vida individual é praticamente invisível
O cristianismo é sem dúvida a cosmovisão que mais influenciou a cultura americana do que qualquer outra religião, filosofia ou ideologia. No entanto, isso não tem corrido nos últimos tempos.
(Gospel Prime)
Pareceu-me um estudo interessante da realidade cristã nos EUA. Bastante atual e revelador da atuação (ou não) dos cristãos nos dias de hoje. Quem sabe no Brasil muitos destes pontos não coincidam?
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