Com o objetivo de aprimorar o texto do novo subsídio doutrinal “Dogma, Teologia e Ensino”, a Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou, entre os dias 7 e 9, nas dependências do Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, próximo a Belo Horizonte (MG), a reunião anual com o Grupo Interdisciplinar de Peritos. Entre os membros da comissão, está o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
De acordo com o assessor da Comissão para a Doutrina da Fé, padre Wilson Luís Angotti Filho, o novo subsídio pretende ser um alerta no exercício e ensino da teologia. “O subsídio deverá ser um importante instrumento para o exercício da reflexão ou transmissão fiel do que o magistério da Igreja professa, para que não aconteça, e sempre estejamos atentos a não anunciar e ensinar uma doutrina que seja própria de cada um de nós, mas uma doutrina que seja da Igreja”, alertou padre Wilson.
O assessor também comentou que o nome do subsídio “Dogma, Teologia e Ensino” reflete o objetivo do trabalho. “O dogma sempre apresenta aquilo que é matéria de fé que a Igreja acredita. A teologia é a reflexão racional sobre esse dado da fé, tentando elaborá-lo de modo que seja sempre compreensível e que responda aos questionamentos do homem de hoje para que a fé seja compreendida e refletida de maneira racional. Isso é teologia. O ensino, por sua vez, sempre deve ser de acordo com aquilo que a Igreja crê. A teologia é ensinada segundo a fé da Igreja e não com as convicções de quem ensina”, pontuou.
O lançamento do novo subsídio está previsto para a 49ª Assembleia Geral da CNBB que acontecerá no próximo mês de maio.
Também participaram da reunião o presidente da comissão, dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG); dom Benedito Beni dos Santos, bispo de Lorena (SP); dom Filippo Santoro, bispo de Petrópolis (RJ); além dos assessores padre Wilson Angotti e padre Luiz Henrique e mais quatro peritos.
(CNBB)
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