Não é de hoje que os jogadores fazem o sinal da cruz antes de entrar em campo. Já nos tempos de Arthur Friendenreich, Leônidas da Silva, Bellini, Pelé e Mané Garrincha o ato simbólico fazia parte do manual de sobrevivência de qualquer craque. Era uma forma de "fechar o corpo" contra os dribles e agressões dos adversários. Também é antiga a técnica de rezar um pai-nosso e uma ave-maria em grupo como forma de reforçar o espírito de equipe. E, como todos sabem, a prática é comum no vôlei, no judô, até no truco e no bilhar. Motoristas persignam-se antes de sair para um dia de trabalho e até pilotos de fórmula 1 o fazem. Enfim, o benzer-se é uma marca cultural do brasileiro, assim como o samba, a cachaça e outros símbolos nacionais.
Camisa azul, inspirada na Padroeira
Conta a lenda que na final da Copa do Mundo de 1958, contra a Suécia, a seleção brasileira entrou em profunda depressão ao saber que teria que jogar com o segundo uniforme, que na época tinha a camisa branca. O problema era que essa camisa havia sido usada pela equipe em 1950, na fatídica derrota contra os uruguaios, em pleno Maracanã. No dia anterior ao jogo, como sempre fazia, o presidente da CBD, Paulo Machado de Carvalho meditava e rezava para Nossa Senhora Aparecida... De repente, ao concentrar-se na cor da imagem, encontrou a solução para o dilema. Reuniu seus companheiros e anunciou: "Vamos jogar com camisas azuis, a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida e vamos vencer com a proteção da Padroeira do Brasil". E assim foi. E o Brasil foi campeão em 1958 e em 1962. Dá-lhe Cidinha!
(Portal 2014)
Apesar de sempre ter havido manifestações de religiosidade entre os atletas, a FIFA tem apertado o cerco em relação a estas demonstrações de fé (ou religiosidade). Algumas advertências já foram dada a times em que jogadores portam camisetas com dizeres cristão por baixo de suas camisas de jogo ou que exibem gestos ou posturas de corpo que remetam ao campo da Religião. Voltamos ao assunto da liberdade religiosa...
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