Reinaldo Beserra dos Reis, membro do Conselho Nacional da RCC, iniciou a primeira pregação do ENF 2011 convidando a assembléia a colocar a sua vida à disposição do Espírito em todo o encontro, especialmente neste momento, pois “Deus quer nos formar”, conforme suas palavras.
O pregador lembrou o discurso do papa João Paulo II às lideranças da RCC na Itália, onde falou que uma das suas primeiras tarefas a serem observadas era preservar a sua identidade. Sacrifícios e renúncias foram feitas para que todos pudessem estar aqui, segundo Reinaldo, e esta permissão à ação do Espírito os conduziria nesse caminho de formação.
A proposta para este tempo é que se inicie um processo de revisão e adequação do que se entende por “ministérios”, para que eles realmente correspondam àquilo que Deus tem reservado para nós através deles.
“Não é feio mudar de idéia, feio é não ter idéia para mudar”, disse. De uma boa adequação da terminologia resultará uma melhor prática.
Beserra citou documentos da Igreja, como a Lumen Gentium, as Orientações Teológicas para a RCC, Evangelii Nuntiandi, entre outros, que tratam deste assunto. Ele salientou que o Movimento se apropriou do termo ministério e organizou seu serviço neles. De acordo com ele, documentos foram editados pela CNBB questionando o uso do termo.
No documento 62, especificamente em seu capítulo 1, lê-se que todo ministério é serviço, mas nem todo serviço ou atividade pastoral dos leigos é ministério. “Será que todos os serviços que temos na RCC são ministérios?”, questionou ele. Este documento nos ajuda a saber o que caracteriza o ministério é a representatividade eclesial.
A RCC organiza certos carismas em ministérios porque são essenciais à sua identidade. Baseado nesta reflexão, o pregador ressaltou os seguintes quatro pontos:
1. Todo ministério é serviço, mas nem todo serviço é ministério.
2. O documento diz que, antes de tudo ministério é um carisma. Nem todo carisma, porém, é um ministério, ou seja, existem carismas que sugerem a criação de ministérios.
3. Todo e cada ministério deve concorrer para aquilo que o organismo que o legitimou seja buscado. O ministério não pode estar a serviço do seu próprio carisma. Cada ministério tem que estar a serviço daquilo que é a essência da RCC, levando em conta aquilo que Deus quer para ela.
4. Concluindo, Beserra disse que muitas são as dificuldades que encontramos no exercício do ministério, mas há uma que pode ser fatal: “Para que um carisma produza tudo aquilo que Deus quer de cada um, é preciso que você mostre disposição de buscar a santidade no exercício de tudo aquilo que faz para o Senhor”, afirmou.
(RCC Brasil)
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