BRUXELAS, sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - "Gritos de ira contra uma Europa que nega suas raízes cristãs": esta foi a manchete divulgada pela Rádio Vaticano ao noticiar os protestos de várias personalidades que denunciam "o desaparecimento dos feriados cristãos da agenda da Comissão Europeia, destinada aos alunos da União Europeia".
A Rádio Vaticano indica que foram distribuídos mais de três milhões exemplares da agenda, que menciona os feriados muçulmanos, hindus, sikhs e judaicos, mas nenhum feriado cristão, nem sequer em 25 de dezembro.
Entre as cartas de reclamação enviadas ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barrosso, encontra-se a que a parlamentar francesa Christine Boutin, presidente do Partido Democrata Cristão, dirigiu-lhe em 23 de dezembro de 2010.
A ex-ministra se pergunta: "Como se pode pretender educar os jovens sobre a União Europeia negando uma religião que contribuiu tanto para a sua construção e sua unidade? Como é possível uma discriminação assim?".
Segundo Boutin, "esta pequena agenda é reveladora do novo pensamento que nos mina por dentro: para entrar, seria preciso apagar a nossa história comum e os nossos valores fundamentais".
Também apela a "uma grande mobilização, por meio de uma petição que permita chegar ao Parlamento Europeu".
Na França, indica a mesma fonte, o ministro dos Assuntos Europeus, Laurent Wauquiez, quis levantar "um grito de ira".
Esta iniciativa, disse, "é representativa de uma Europa já não ama nem se ama". "Esta Europa nega suas raízes cristãs e cobre com um tímido lenço o que ela é - acrescentou. Uma identidade rejeitada é uma identidade que se vinga."
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