"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

domingo, 30 de janeiro de 2011

31/01 - Santos e Bem-aventurados

São João Bosco, sacerdote italiano (Becchi, Castelnuovo d’Asti [hoje Castelnuovo Don Bosco], 1815 – Turim, noroeste da Itália, 31 de janeiro de 1888). De uma pobre família de camponeses, iniciou, enfrentando muitas dificuldades, os estudos eclesiásticos e foi ordenado sacerdote em Turim em 1941. Pouco depois de sua ordenação sacerdotal, começou a se ocupar das crianças pobres e abandonadas e, fixando-se no bairro de Valdocco, na área norte de Turim, fundou o primeiro “oratório” (1842), reunindo uns vinte garotos e jovens; em 1846 os jovens de dom Bosco já eram mais de trezentos. Com a ajuda de alguns de seus jovens dos primeiros tempos, como o Rua e Cagliero, que seguiam o caminho do sacerdócio, lançou os primeiros alicerces da Congregação da Sociedade de são Francisco de Sales (Salesianos), cujo primeiro capítulo aconteceu em 1859. Para atuar entre as jovens, fundou a Congregação feminina das Filhas de Maria Auxiliadora, chamadas Irmãs Salesianas (1872) e por fim, para atuar na renovação da sociedade, fundou a Pia União dos Cooperadores Salesianos, a terceira ordem presente no mundo. Instituições dedicadas de modo especial à educação e à instrução profissional dos garotos(as), jovens e moças das classes populares, elas tiveram um rápido ampla difusão. Na época da morte de dom Bosco, os salesianos já podiam contar com mais de duzentas e cinqüenta casas. “Dom Bosco”, chamado assim familiarmente também depois da canonização, deve ser considerado entre os grandes educadores do séc. XIX. Perspicaz psicólogo, tinha como lema “prevenir, não reprimir”; ele rodeava seus jovens de afeto que não excluía a vigilância, amenizava o rigor e incentivava a alegria. Deixou seus critérios pedagógicos, que tiveram uma ampla e vasta difusão na Igreja, em algumas obras de divulgação como O sistema preventivo na educação da juventude (1877). Não faltou nele um estilo polêmico, que se expressou em escritos históricos (também eles de caráter popular) em que criticava a política governamental em relação à Igreja católica (A História da Itália, 1856). Apesar disso, teve a estima e a confiança de muitos homens políticos de seu tempo como o conde Cavour, o idealizador da unidade da Itália. A posição de Dom Bosco, patriota, mas ao mesmo tempo ferrenho defensor da Igreja e graças também à benevolência dos papas Pio IX e Leão XIII, permitiu que desenvolvesse, depois da unidade da Itália, uma paciente e discreta atividade de mediador e, nalguns casos, de moderador, entre governos italianos e as autoridades vaticanas, especialmente na nomeação de bispos em muitas Dioceses vacantes. Foi beatificado em 1929 e canonizado no Domingo de Páscoa de 1934.


Santos Ciro e João. De acordo com uma Passio lendária, Ciro, médico de Alexandria do Egito, foi morto junto com o soldado João durante a perseguição de Diocleciano. As relíquias dos dois mártires foram levadas para Roma e sepultadas numa igreja da via Portuense, hoje chamada de Santa Passera.


Santo Francisco Saveiro Maria Bianchi, religioso barnabita. Francisco  nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, na atual província italiana de Frosinone (ao sul de Roma), e viveu quase toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda sua existência religiosa.
Aos doze anos entrou para o "Colégio dos Santos Carlos e Felipe" da ordem dos Barnabistas e em 1762, para o seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e teologia em Nápoles e Roma. Foi ordenado sacerdote aos 25 de janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática. Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles. No ano seguinte recebe o título de "Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras". A intensa atividade no campo da cultura não o impediu, todavia, de viver plenamente a vida de religioso, desempenhando importantes cargos na Congregação e continuando a exercer seu ministério sacerdotal.
Com o transcorrer dos anos padre Bianchi deixou gradativamente de praticar o ensino e viveu mais o sacerdócio contemplativo e penitente na mortificação dos sentidos. Ao seu redor se formou uma próspera família espiritual. A fama de sua virtuosidade e santidade cresceu na mesma proporção em que suportou heroicamente uma doença incurável que o imobilizou numa cadeira por treze anos, os últimos de sua vida. Mesmo assim não deixou de celebrar a Santa Missa, de acolher e aconselhar a todos os que o procuravam, distribuindo palavras de coragem e conforto. Consumido pela doença morreu em 31 de janeiro de 1815, envolto pela paz e suprema alegria espiritual.
Francisco Bianchi viveu durante o período conturbado e histórico das sucessivas conquistas e batalhas empreendias pelo imperador Napoleão Bonaparte. Assistiu a destruição de todas as bases políticas da Europa. Sobretudo, viu o clima anti-religioso ser instalado e que se materializou contra o clero com leis de confisco, incêndios e expulsões de congregações inteiras dos domínios napoleônicos. Mas, padre Francisco Bianchi se manteve apaixonadamente sacerdote de Cristo. Lutou contra a miséria, a desnutrição, as epidemias, as doenças e por fim contra a baixa estima dos habitantes tão abandonados politicamente.
O seu funeral foi um dos mais comoventes, onde estiveram reunidas personalidades ilustres das áreas das artes, da ciência, da Igreja e a imensa população, para as últimas homenagens àquele que chamaram de "Apóstolo de Nápoles" e "santo". Em 1951, foi canonizado pelo papa Pio XII, em Roma. E as relíquias mortais de São Francisco Saveiro Maria Bianchi foram sepultadas na capela da Igreja de Santa Maria de Caravaggio em Nápoles, Itália. Para sua homenagem e culto foi escolhido o dia 31 de janeiro.


São Geminiano. Dele se têm só notícias lendárias. Parece ter sido bispo de Módena, norte da Itália, entre 344 e 396 e tenha participado do sínodo de Milão (391), que confirmava a condenação de Giovianiano. É padroeiro de Módena e San Gimignano.


Santos Júlio e Juliano, apóstolos da região ao norte da província italiana de Novara. Segundo uma Vida do séc. VIII, eram irmãos, de origem grega, presbítero o primeiro, diácono o segundo. Chegados à Itália, levantaram muitas igrejas, reservando duas para eles: Júlio se fixou naquela da ilha do Lago de Orta, Juliano a de Gozzano.


Santa Marcela, nobre senhora romana (Roma 330 – 410). De ilustre família, ficou viúva ainda em jovem idade e se consagrou à oração e à penitência. Discípula de são Jerônimo, fia primeira matrona romana a abraçar a vida ascética e tornou-se fundadora e animadora de uma espécie de mosteiro no cole Aventino. Durante a invasão dos Visigodos foi presa por Alarico, foi maltratada, mas conseguiu salvar muitas virgens cristãs. Faleceu pouco tempo depois.


Santo Pedro Nolasco, fundador. Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos séculos XII e XIII.
Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano 1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha, onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa.
Na juventude, quando acompanhou a tragédia dos cristãos que caíam nas mãos dos muçulmanos, devido à invasão dos árabes sarracenos, empregou toda sua fortuna para comprar os escravos e, então, libertá-los. E também, quando seu dinheiro acabou, arregaçou as mangas e trabalhou para conseguir fundos para esta finalidade, pedindo-os às famílias nobres e ricas que conhecia. Antes que entrasse em desespero, pois nunca teria dinheiro suficiente para garantir a liberdade dos cristãos, recebeu a graça de uma visita da Virgem Maria. Ocorreu no dia 1º de agosto de 1223. Nossa Senhora lhe apareceu, sugerindo que criasse com seu grupo de leigos, uma ordem religiosa destinada a cuidar deste tipo de situação, naquele momento e para sempre.
Pedro contou esta visão a seu superior, Raimundo de Penhafort, seu co-fundador e também Santo, e ao rei Jaime I de Aragão, ao qual servira na infância como professor e tutor. Mas, qual não foi sua surpresa ao saber que eles também tinham recebido em sonho de Maria, a mesma missão que ele que recebera. Desta forma fundou, juntamente com eles, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês e Redenção dos Cativos, cujos religiosos são conhecidos como padres mercedários. Foi eleito superior e dirigiu a ordem por trinta e um anos, libertando milhares de cristãos das mãos dos árabes muçulmanos. Pedro Nolasco morreu no dia de Natal de 1258, feliz e plenamente realizado com sua vida de religioso, mas amargurado porque, nos últimos anos, seu corpo alquebrado não permitia mais que trabalhasse.
Foi canonizado pelo Papa Urbano VIII, em 1628. Embora seja comumente homenageado no dia 13 de maio, festa de Nossa Senhora das Mercês, e no dia 28 de janeiro pelos padres mercedários, o calendário litúrgico romano lhe decida especialmente o dia 31 de janeiro para a sua veneração.


Santo Abraão, bispo de Arbela (na Pérsia)


Santo Agostinho Pak Chong-Won e cinco companheiros, mártires, + Dangkogae, Coreia do Sul, 31 de janeiro de 1840


Santo Aidano (Medhoc) de Ferns (Irlanda), bispo, séc. V


Santo Eusébio, monge de Saint Gallen (Suíça), séc. IX


São Júlio de Orta (norte da Itália), sacerdote, séc. IV


São Metrano de Alexandria (Egito), mártir, meados do séc. III


São Valdo, bispo de Coutances (França), séc. VII


Santos Vitorino, Vítor, Nicéforo, Claudio, Diodoro, Serapião e Papias, mártires na cidade grega de Corinto, + 246


Bem-avanturada Candelária de San José (Susana Paz-Castillo Ramirez), fundadora, Altagracia di Orituco, Venezuela, 11 de agosto de 1863 – Cumaná, Venezuela, 31 de janeiro de 1940


Bem-aventurada Ludovica Albertoni, terciária franciscana, + Roma 1533

(Verbonet)

Parabéns à família Salesiana pela data de seu fundador! Que possam sempre serem fiéis ao carisma fundacional!

Nenhum comentário: