"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Massacre em Realengo

Armas e munições utilizadas por Wellington (Foto: Thamine Leta/G1)Acredito que este crime será ensejo para muitas considerações por algum tempo. Muitas opiniões, fundamentadas ou não, serão vistas na mídia e nos "corredores". Em primeiro lugar quero manifestar meu pesar às famílias atingidas, sabendo que aquelas crianças farão muita falta a seus familiares e não haverá nenhum tipo de reparação à altura desta ausência.
É chocante imaginar a situação vivida pelas vítimas (fatais ou não) naqueles poucos minutos. É o absurdo que paira sobre a raça humana se realizando de forma crudelíssima.
Não faltarão, é claro, comentários que, na ausência de qualquer coisa mais fundada, se espalharão por aí. Li a pouco na Veja on-line a seguinte frase relatando algo do que disse o Delegado de Divisão de Homicídios do Rio:
"Segundo o delegado, os depoimentos de familiares e de pessoas que conhecerem Wellington apontam para indícios de problemas mentais. “Ele cortava o cabelo no mesmo lugar, com uma regularidade fixa, em intervalos de cerca de 30 dias. Usava sempre calça comprida e camisa para dentro da calça. Ele era recluso, e ficou ainda mais isolado depois da morte dos pais adotivos. Ele apresentava comportamento repetitivo e os depoimentos de familiares confirmam esses sinais de patologia mental”, diz Ettore (delegado da Divisão de Homicídios do Rio, Felipe Ettore)."
Por favor! Não é o fato de que ele cortava o cabelo com regularidade de 30 dias que o faz doente mental ou coisa que o valha! Eu também o faço! Não é (absurdo!) porque usava calça comprida e camisa dentro da calça que dê indícios de loucura mental! Que haja mais seriedade nas divulgações destas autoridades!
Pela manhã o Arnaldo Jabor, na CBN, queria, com seu comentário a respeito da carta do assassino, imputar algum tipo de culpa à religião ou ao sentimento religioso em geral, no massacre havido. Quero crer que da parte do Arnaldo houve uma discreta ignorância, para não entender uma má fé em seu comentário. Ora, as alusões a "atos" religiosos ou rituais não justifica a desconfiança por parte de ninguém na profissão religiosa de um fiel em seu ato de adoração ou culto. Não ignoro o fato, também, de que, sob o pretexto da religião, realizou-se (e realiza-se) barbaridades! Mas não há que se culpabilizar a religião em si ou o senso religioso.
Acho que esta conversa continua e vai longe...

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