"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Morre freira que foi torturada e banida do País na ditadura militar

Araraquara (SP), 11 mar (SIR) - Madre Maurina Borges da Silveira, a freira que foi presa, acusada de subversão, torturada e banida do País durante a ditadura militar, morreu no último sábado, dia 5, em Araraquara, interior de São Paulo, onde vivia num convento de sua comunidade, a Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição. A freira tinha 84 anos e sofria do Mal de Alzheimer. A história de Madre Maurina marcou a luta da Igreja Católica em defesa dos direitos humanos, nos anos mais difíceis do regime de 1964. Começou com sua prisão, em outubro de 1969, quando ela foi levada num camburão para uma delegacia de Ribeirão Preto, onde era a superiora do Lar Santana, um orfanato para meninas, na Vila Tibério. Acusação: acobertar militantes da Frente Armada de Libertação Nacional (FALN), que se reuniam e imprimiam material subversivo no porão do Lar Santana. Segundo testemunhos posteriores, Madre Maurina cedeu o espaço sem saber o que os jovens que abrigou discutiam em suas reuniões. Ao descobrir, mandou queimar exemplares do jornalzinho O Berrro, encontrado no porão. "Madre Maurina foi uma grande vítima da ditadura militar, porque não tinha nenhuma participação política e jamais participou de organização que pregava a luta armada", disse ontem d. Angélico Sandro Bernardino, bispo emérito (aposentado) de Blumenau - SC, na época padre em Ribeirão Preto, onde dirigia o jornal Diário de Notícias.

(Verbonet)

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