Cairo, 06 mar (SIR) – Dois mortos, um sacerdote e três diáconos dispersos, uma igreja queimada: este o balanço de um assalto realizado na noite entre sexta-feira e sábado por quase 4 mil muçulmanos na localidade de Soul (a uma 30 quilômetros do Cairo) contra a local comunidade copta. Os islâmicos assaltaram as casas dos cristãos e queimaram a Igreja de São Mira e São Jorge. O motivo da violência – informa a agência AsiaNews – o namoro de um jovem copta e uma jovem muçulmana. Testemunhas informaram que a multidão impediu a entrada dos bombeiros na localidade. Padre Yosha, pároco da pequena comunidade e três seus diáconos estão desparecidos e há contradições sobre seu paradeiro. Alguns afirmam que teriam morrido, queimados dentro da igreja; outros dizem que estariam nas mãos dos islâmicos dentro de um edifício da paróquia. Os muçulmanos atacaram a igreja, explodindo nela seis botijões de gás, profanando as cruzes e destruindo as cúpulas. O exército, que fica a 7 quilômetros de Soul, não quer intervir. Três grupos de policiais que chegara ao local foram afastadas pelos muçulmanos, afirmando que tudo “estava normal”. Os mais de 12 mil cristãos coptas da localidade estão trancados em casa para evitar novas violências. Tudo começou com o namoro de um cristão copta, Ashraf Iskander, e uma jovem islâmica. O pai da moça de negou a sacrificar a filha e matar o jovem cristão, apesar das pressões da comunidade islâmica, e, na sexta-feira, as duas famílias se reconciliaram. Ashraf foi ameaçado para que abandonasse a localidade, mas a situação saiu de controle no fim da tarde de sexta-feira, quando um primo da moça decidiu matar o trio por ter preferido a vida da filha à honra da família. O homicídio levou o irmão da moça a vingar a morte do pai, matando o primo. A série de homicídios transtornou a comunidade islâmica que acusou os cristãos como os responsáveis por estas mortes.
(Verbonet)
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