Papa anuncia-se a favor da doação das células do cordão umbilical

Cidade do Vaticano, 27 fev (SIR) - Bento XVI qualificou a doação de células estaminais como um “ato de solidariedade humana e cristã”, mas criticou o seu uso para fins comerciais. “A investigação médico-científica é um valor, não só para os cientistas mas também para toda a comunidade civil", foram as palavras de Bento XVI, na manhã de ontem, durante a Assembleia da Academia Pontifícia para a Vida (APV). Durante a assembleia no Vaticano, o bispo Ignacio de Paula, presidente da APV, alertou para a dimensão comercial implícita na criação de bancos de sangue de cordão umbilical. Não desmentindo o potencial terapêutico das células estaminais, o bispo não deixou de referir que se levantam algumas questões éticas – as potencialidades deste tipo de investigação não podem levar à exploração de um “negócio” de bancos de sangue. A Academia Pontifícia para a Vida foi instituída por João Paulo II em 11 de fevereiro de 1994, tendo como objetivo o estudo e a formação sobre os principais problemas de bioética e de direito relativos à promoção da vida, sobretudo na relação que têm com a moral cristã e com as diretivas da Igreja Católica. A 27ª assembleia-geral da APV realizou-se de 24 a 26 de fevereiro, no Vaticano. O “trauma pós-aborto” vai ser discutido a par da questão central dos bancos de sangue de cordão umbilical.

(Verbonet)