"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Entidade pede que deputado argentino desista de projeto para retirada de imagem da padroeira do Congresso

Buenos Aires (Quarta-feira, 23-02-2011, Gaudium Press) Uma organização não-governamental argentina chamada "Para Hacerse Oír-Hablemos Claro" ("Para se fazer ouvir, falemos claramente") enviou nesta semana uma carta aberta ao deputado Sergio Ariel Basteiro para que ele desista de seu projeto de remoção de uma imagem de Nossa Senhora de Luján, padroeira da Argentina, de um dos salões do Congresso nacional. As informações são da Agência Informativa Católica Argentina (AICA).
O deputado justifica a incitava destacando a laicidade do Estado e defende que o local seja um "espaço multirreligioso ao qual possam comparecer membros de distintas necessidades espirituais". O político alega no projeto que o país deixou de ter um estado confessional para ter outro que é laico e que houve grande crescimento populacional e ingresso na vida política de cidadãos de diversas crenças religiosas, além daqueles que não professam nenhuma fé. Assim, a presença da imagem, segundo o congressista, resultaria inadequada para quem não se considera católico.
Na carta, assinada pelos representantes da entidade, os leigos Martín J. Viano y Araceli Ramilo Álvarez de Viano, a organização diz que a exibição de símbolos religiosos - crucifixos ou imagens da Virgem ou de Santos em lugares públicos - está "amplamente justificada em nosso ordenamento legal, visto que coaduna com o cumprimento de uma finalidade do Estado argentino, enunciada com solenidade em nossa Constituição Nacional, que é de apoiar o culto católico, em conformidade com o status jurídico privilegiado de que goza a Igreja Católica. (art.2)".
Os leigos recordam que em maio de 2010, no início dos festejos do bicentenário argentino, o presidente da Câmara de Buenos Aires esteve a frente de uma cerimônia na qual foi abençoada uma réplica de Nossa Senhora de Luján. A imagem depois foi colocada no Salão dos Passos Perdidos da Câmara municipal. Desta cerimônia, afirma a carta, estiveram presentes o governador, ministros, deputados e líderes religiosos católicos e ortodoxos de Antióquia.
Além disso, afirmam que o deputado confunde o conceito de Estado laico ou não-confessional ao equipará-lo a um Estado agnóstico. "No primeiro, se desvelam âmbitos de competência jurídica, enquanto no segundo se procura proscrever toda manifestação religiosa do âmbito público, que é ao que aponta a pretensão de retirar a Virgem de Luján do Congresso Nacional", diz o texto.
A missiva relaciona o projeto de remoção da imagem da Virgem com outras iniciativas análogas em nome da "neutralidade do Estado", com o objetivo de remover crucifixos e outros símbolos religiosos de prédios públicos, escudos e bandeiras provinciais. Para a entidade, isso poderá acarretar com que a sociedade argentina se esqueça de seus valores religiosos, sua cultura e tradição, itens que "formam a identidade nacional".
Por fim, os autores lembram que 80% dos argentinos são católicos e solicitam que o político retire o projeto e atue conforme o conceito de democracia, segundo o qual o deputado é "representante do povo".

(Gaudium Press)

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