Cidade do Vaticano, 30 Jan (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje à convergência de forças palestinas e israelitas para “projectos” de paz na Terra Santa, num dia em que lembrou ainda a luta contra a lepra.
Na tradicional oração do Angelus, no Vaticano, o Papa disse referiu-se à jornada internacional de oração pela Paz na Terra Santa.
“Associo-me ao Patriarca Latino de Jerusalém e ao Custodio da Terra Santa no convite dirigido a todos, a pedir ao Senhor para que faça convergir as mentes e os corações para projectos concretos de paz”, indicou.
Simbolicamente, no final do encontro, duas crianças lançaram pombas brancas desde a janela do apartamento do Papa, sobre a Praça de São Pedro, numa iniciativa promovida pela Acção Católica de Roma.
Na parte inicial deste encontro com cerca de 30 mil peregrinos, Bento XVI comentou uma passagem dos Evangelhos em que Jesus proclama bem-aventurados “os pobres que o são no seu intímo, os aflitos, os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça, os puros de coração, os que sofrem perseguição”.
“Não se trata de uma nova ideologia, mas de um ensinamento que vem do alto e toca a condição humana, precisamente aquela que o Senhor incarnando-se quis assumir, para a salvar”, precisou.
Para o Papa, “as bem-aventuranças são um novo programa de vida para nos libertarmos dos falsos valores do mundo e nos abrirmos aos bens verdadeiros”.
Neste contexto, Bento XVI afirmou que a Igreja “não teme a pobreza, o desprezo, a perseguição numa sociedade muitas vezes atraída pelo bem-estar material e pelo poder mundano”.
Mais tarde, Bento XVI recordou ainda que neste Domingo, 30 de Janeiro, se celebra o dia mundial dos leprosos.
“A lepra, embora esteja a regredir, atinge ainda infelizmente muitas pessoas em condições de grave miséria. A todos os doentes asseguro uma oração especial, que estendo a todos aqueles que os assistem e de varias maneiras se empenham a vencer a doença de Hansen. Saúdo em particular a associação italiana dos Amigos de Raul Follereau, que completa 50 anos de actividade”, declarou.
O Papa aludiu também à celebração do ano novo lunar, em muitos países do Extremo Oriente, deixando otos de “serenidade e prosperidade”.
O Angelus, momento de recolhimento que ocorre habitualmente ao meio-dia, consiste na recitação de três Ave-Marias, introduzidas por versículos bíblicos respeitantes ao nascimento e vida terrena de Jesus Cristo e numa oração final.
(Agência Ecclesia)
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