"O justo é como árvore plantada à beira de águas correntes, perto da Fonte. Porque está plantado assim, ele dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que faz prospera. Ele é teimosamente abençoado por Deus. A olhos vistos".

Divulgo, aqui no blog, algumas reflexões. Não são textos acabados e sempre estou aberto ao diálogo!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

18/02 - Santos e Bem-aventurados

Santa Bernardete Soubirous, Virgem
Nasceu em Lourdes, na França. Era a filha mais velha de um moleiro paupérrimo, tinha saúde precária e durante a sua primeira comunhão (1858) teve uma primeira visão. A Virgem Maria lhe se apresentou como a Imaculada Conceição. Ao todo foram 18 visões, cuja autenticidade foi considerada em função da veemência da vidente contra a opinião de seus pais, do clero local e das autoridades civis e eclesiásticas. Enquanto Lourdes se tornava o maior centro de curas milagrosas que começavam a ocorrer na gruta onde ela dizia ter visto a Virgem Maria, Bernadette refugiou-se da curiosidade geral na escola das irmãs de São Vicente, em Nevers. Completado o noviciado, tomou o hábito de freira no convento de São Gildard (1866), com o nome de irmã Maria Bernarda, e dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada pela doença Faleceu em 1879. Beatificada em 1925, foi canonizada com o nome de santa Bernadette de Lourdes (1933) pelo papa Pio XI.

São Coloman, monge irlandês († 676). Entrou no mosteiro de Iona e tornou-se mais tarde bispo de Lindisfarne. Foi defensor da liturgia celta.

Santo Eládio, bispo espanhol († 633). Sucedeu a Amásio como bispo de Toledo em 615.

São Flaviano [390 - †449], patriarca de Constaninopla (446-449). Em 448 condenou a heresia de Eutique, que, no entanto, conseguiu a convocação do concílio conhecido com o nome de “latrocínio de Éfeso” (agosto de 449). Flaviano foi deposto, condenado ao exílio e faleceu pouco depois por causa dos maus tratos a que sofreu.

Santa Gertrude Comensoli
No dia 18 de janeiro de 1847, na cidade de Bienno, ao norte da Itália nasceu Geltrude Caterina Comensoli, mas sempre foi chamada de Gertrude. Teve uma infância tranqüila e modesta numa família simples e religiosa. Com sua mãe e os irmãos freqüentava a missa diariamente. Já, nesta época, demonstrava uma singular e precoce sensibilidade eucarística, que lhe permitiu, aos sete anos de idade, receber a sua Primeira Comunhão.
Na adolescência, Gertrude começou a se preparar para a vida religiosa, ingressando na Companhia de Santa Ângela Merici que cuidava da instrução inicial de suas inscritas. Mas, aos vinte anos de idade teve de se mudar para outra cidade com a família, que se encontrava em dificuldades financeiras. Trabalhou como doméstica durante um ano, depois foi para a cidade de São Gervásio trabalhar como dama de companhia de uma senhora da nobreza.
Nesta época, já era uma jovem dotada de talentos naturais que se preocupava, de modo particular, com as necessidades educativas do mundo feminino. Não se sabe quando esta sua preocupação se concretizou. Na cidade de São Gervásio ela conversava muito sobre o assunto com o sacerdote da paróquia, padre Spinelli, da diocese de Bergamo.
No ano de 1879, Gertrude tem sua idéia traçada: criar uma família religiosa de irmãs voltadas para a instrução de meninas, com forte inspiração eucarística. Com a ajuda financeira do padre Spinelli fundou em 1882, a Congregação das Irmãs Sacramentinas ingressando definitivamente na vida religiosa com o nome de Irmã Gertrude. A diocese aprovou tão prontamente esta iniciativa que de logo depois da primeira casa da Congregação em Bergamo, autorizou a abertura de outras nas regiões vizinhas.
Mas, os problemas começaram com a situação econômica da diocese do padre Spinelli que não deu o resultado financeiro esperado e que, uma parte, era transferido para as Casas de irmã Gertrude. Assim as irmãs ficaram na mais completa ruína. Fecharam as Casas das Sacramentinas de Bergamo e quase como exiladas, encontram refugio na diocese de Lodi, numa região italiana mais distante.
As irmãs da Congregação só não se dispersaram porque tiveram como guia Gertrude, que com sua energia transmitia total confiança na providência de Jesus Eucarístico. Tudo parecia acabado, quando chegou a notícia do reconhecimento diocesano para a Congregação das Sacramentinas de Bergamo. Irmã Gertrude e todas as religiosas Sacramentinas retornam para a primeira Casa da Congregação em Bergamo, onde foram festejadas e bem acolhidas.
No dia 18 de fevereiro de 1903, irmã Gertrude morreu e foi sepultada na Capela da Casa Mãe da Congregação em Bergamo, tendo deixado totalmente concluído o regulamento da Congregação das Irmãs Sacramentinas.
O reconhecimento oficial do Vaticano chegou em 1906. O papa João Paulo II beatificou irmã Gertrude Comensoli no ano de 1989 e o papa Bento XVI a canonizou a 26 de abril de 2009.

S. Teotônio, religioso
Segundo a tradição, S. Teotônio nasceu em Ganfei, Valença, no Minho, em 1082. Foi confiado aos cuidados de seu tio, Crescêncio, bispo de Coimbra. Em Viseu, foi ordenado presbítero onde foi prior da Sé. Neste cargo, usou de grande influência a favor do infante Afonso Henriques na luta pela independência contra sua mãe D. Teresa. Duas vezes foi a Jerusalém e aí aprendeu o desapego pelas coisas do mundo. Quiseram que ele fosse superior da comunidade dos cônegos regrantes de Santo Agostinho em Jerusalém mas ele recusou, regressando a Portugal. Foi convidado pelo arcebispo de Coimbra a fundar naquela cidade uma nova congregação de frades agostinhos, aquilo que se veio a tornar o mosteiro de Santa Cruz, do qual Teotônio foi eleito primeiro prior. Exerceu as suas funções, dando exemplo grandioso de virtudes, entre as quais sobressaía o sua humildade, austeridade e caridade para com os pobres. Por sua intercessão, o Senhor operava multidão de prodígios. A sua proximidade com D. Afonso Henriques tornou-o conselheiro espiritual do rei e da rainha, exortando-os à prática da caridade para com os vencidos nas batalhas e nos ataques aos castelos. Entre os seus amigos pessoais contava-se S. Bernardo de Claraval. Em 1152 renunciou ao priorado de Santa Cruz e, em 1153, ao bispado de Coimbra, para que tinha sido convidado pelo Papa. Morreu em 1162 e a sua partida para a casa do Pai foi acompanhada, segundo a tradição, de sinais no céu e de prodigiosos milagres. Foi canonizado um ano após a sua morte.


Santo Angilberto de Centula, abade de Saint-Riquier (França), 750 – 18 de fevereiro de 814

Santa Constância de Vercelli (noroeste da Itália), séc. VI

Santo Eládio de Toledo (Espanha), bispo,  663

Santa Esupéria de Vercelli (noroeste da Itália), séc. VI

S. Francisco Régis Clet, sacerdote, mártir, Grenoble, França, 19 de agosto de 1748 - Outchangfou, Hu-pé, China, 18 de fevereiro de 1820

Santos João Pedro Neel, Martinho Wu Xuesheng, João Zhang Tianshen e João Chen Xianheng, mártires + Kaiyang, China, 18de fevereiro de 1862

Santos Máximo, Claudio, Prepedigna, Alexandre e Cúcia, mártires de Óstia (centro da Itália),  303

Santos Sadoth e cento e vinte e oito companheiros, mártires, + Bait-Lapat, Pérsia, 342

S. Simeão, bispo, mártir, +séc. II


São Tarásio, patriarca de Constantinopla, 730 - 806




Bem-aventurado Frei Angélico
Guido de Pietro nasceu em 1387, na cidade de Mugelo, na Toscana, Itália. Até o final da juventude foi pintor de quadros na cidade de Florença, quando se decidiu pela vocação religiosa. Em 1417, ingressou na congregação de São Nicolau, onde permaneceu por três anos. Depois, junto com seu irmão Bento, foi para o convento dominicano de Fiésole, no qual se ordenou sacerdote adotando o nome de João. A ação dos seus dons de santo e de artista, desenvolveu-se de forma harmoniosa no clima de alta perfeição espiritual e intelectual, encontrado no convento. Assim pode fazer da pintura a sua principal obra evangelizadora, ao se tornar um Frade Predicador desta Ordem. Pela singeleza e genialidade de sua figura passou a ser chamado de "Beato Angélico" ou "Fra Angélico", nome que ficou impresso inclusive no mundo das artes. Este frade-pintor foi um dom magnífico feito por Deus para a Ordem, pois deu também um imenso auxílio financeiro aos co-irmãos, porque, obedecendo ao voto de pobreza, destinou à Ordem todos os seus ganhos como artista, que eram tão expressivos quanto a sua genialidade. A santa austeridade, os estudos profundos, a perene elevação da alma a Deus, mediante as orações contemplativas, apuraram o seu espírito e lhe abriram horizontes ocultos.
Com este preparo e com seus mágicos pincéis, pode proporcionar a todos o fruto da própria contemplação, representando o mais sagrado dos poemas, a divina redenção humana pela Paixão de Jesus Cristo. As suas pinturas são uma oração que ressoa através dos séculos. Esta alma de uma simplicidade evangélica, soube viver com o coração no céu, se consagrando num incessante trabalho. Entre 1425 e1438, viveu retirado, onde retomou o trabalho pintando os frescos de quase todos os altares da igreja do convento de Fiésole. Depois foi a vez do convento de São Marcos, em Florença, onde deixou suas obras impressas nos corredores, celas, bibliotecas, claustros, ao longo de seis anos. A partir de 1445 foi para Roma, onde trabalhou para dois papas: Eugênio IV e Nicolau V. Este último, tentou consagrá-lo bispo de Florença, mas Fra Angélico recusou com firmeza, indicando outro irmão dominicano. Retornou para o convento de Fiésole, cinco anos depois, no qual foi eleito o diretor geral. Ali trabalhou com seu irmão Bento, que nomeou inicialmente como seu secretário e depois conseguiu que fosse eleito seu sucessor, em 1452.
Frei João de Fiésole, voltou para Roma, onde morreu no dia 18 de fevereiro de 1455. Fra Angélico, que nunca executou uma obra, sem antes rezar uma oração, foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1982, que indicou sua festa litúrgica para o dia de sua morte. Até porque, muito antes, a sua sepultura no convento de Santa Maria sobre Minerva se tornara o local escolhido pelos peregrinos que desejavam prestar-lhe homenagem, não tanto devido à sua genialidade artística, que podia ser apreciada nos museus do mundo, como por seu caráter sincero carregado de profunda santidade. Dois anos depois, o mesmo pontífice o declarou "Padroeiro Universal dos Artistas", uma honra pela sua obra evangelizadora que promoveu a arte sacra através dos séculos.


Bem-aventurado Jerzy Kaszyra, sacerdote e mártir, Aleksandrowo, Lituânia, 04 de abril de 1904 – Rosic, Polônia, 18 de fevereiro de 1943

Bem-aventurado João Pibush, sacerdote e mártir, Thirsk, Inglaterra, 1557 - Londres, Inglaterra, 18 de fevereiro de 1601

Bem-aventurado Guilherme Harrington, mártir, + Tyburn, Inglaterra, 18 de fevereiro de 1594

Bem-aventurado Matias Malaventino, mercedário, mártir no Norte da África, séc. XIV

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