A novela “Insensato Coração”, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, que estreia esta semana na Rede Globo às 21h, trará brigas pelo poder e traições amorosas. Isso é comum em qualquer trama. Ela vai surpreender, no entanto, em relação à opção sexual de seus personagens, prometendo um número recorde de gays na história das telenovelas brasileiras: serão pelo menos sete homossexuais. Os autores preferem não cravar quantidade alguma, ou seja, esse número pode aumentar no desenrolar do enredo. “Não contei o número de personagem gay”, disse Linhares à ISTOÉ. Os autores acham que o fato de se ficar questionando quantos personagens gays apareceram no vídeo já é, em si, um preconceito. “A novela espelha a diversidade da nossa sociedade. Isso é mais amplo e contemporâneo do que estigmatizar os personagens”, diz Linhares. Coube ao ator Leonardo Miggiorin o principal papel homossexual, o único a ser apresentado já de início ao telespectador. Ele é o divertido Roni Fragonard, melhor amigo e conselheiro amoroso de Natalie Lamour (Deborah Secco), uma ex-participante de reality show. Um tanto caricato e afetado, Roni é promoter e adora moda. Em seu Twitter o ator disse ter se inspirado em uma figura real, o também promoter David Brazil. Os outros personagens homossexuais só vão começar a aparecer na história a partir do capítulo 100. Devido a essa inédita quantidade de papéis será possível fugir de estereótipos. A novela terá também o divertido e fofoqueiro Xicão (Wendell Bendelack), atendente do quiosque de Sueli (Louise Cardoso), frequentado pela turma GLS. As profissões dos gays serão variadas: o advogado Nelson (vivido por Edson Fieschi), o professor de direito Hugo (Marcos Damigo) e o jornalista Álvaro, papel ainda sem ator. Ele será chefe do homofóbico repórter Kleber, interpretado por Cássio Gabus Mendes. O preconceito em relação às minorias será um dos temas e dois personagens serão vítimas desse preconceito: Araci (Cristiana Oliveira), líder de um grupo de detentas, e o jovem Renato Melo (Ivan Mendes), que passa a ser protegido pela dona do quiosque. Para Linhares, “Insensato Coração” não vai discutir a homossexualidade: “Mais importante é mostrar pessoas integradas à sociedade, vivendo conflitos que independem da condição sexual.”
(Isto é independente)
Velha discussão - é a realidade que inspira os Meios de Comunicação ou vice-versa?
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