Em sua "lectio magistralis" concedida hoje na sala magna da universidade, o purpurado afirmou que a fé é "viver referido a Cristo, é saber que Deus é alguém, é intuir que nós existimos porque Deus vive. É sermos fascinados, arrebatados, possuídos", ao contrário do ateísmo e do agnosticismo.
Sobre a relação entre ciência e fé, o presidente da CEI ponderou que "não é possível separar claramente a reflexão sobre a ciência da discussão sobre a teologia, devido à sua intrínseca relação".
Segundo ele, a Igreja, em seu magistério, "enfrenta a reflexão distinguindo dois âmbitos problemáticos: a relação da ciência com a verdade e a relação entre ciência e fé". O dilema central, explicou, é "se a ciência tem a função e a possibilidade de descobrir a verdade das coisas como são, ou se tem o objetivo puramente prático de assegurar o controle, o funcionamento dos fenômenos conforme uma concepção instrumental da ciência". A Igreja se manifesta "no horizonte de uma visão realística", contrariamente àquela técnica, reservada à ciência.
Como recordou o Cardeal Bagnasco, a missão da Igreja é educar"à verdade, ao gosto da verdade, ao rigor da pesquisa, à gratuidade diante do real", para ajudar os homens a "saber o máximo possível como é a realidade do que somos e do que nos rodeia, para colher a beleza disto e a ordem interna, a inteligência e a luz que nos envolvem, a maravilha do universo que não é o caos, mas racionalidade (...)".
Além disso, o purpurado salientou a importância de ser humildade em um comportamento analítico pela busca da verdade. "Deixar-se julgar pela verdade significa então estar disponível para corrigir ou mudar modos de pensar e de agir que podem ser adquiridos e cuja revisão pode custar trabalho e sacrifício", concluiu o cardeal.
(Gaudium Press)
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